O início dos vestibulares no Brasil

Por Marla Rodrigues

Imprimir
Texto:
A+
A-
PUBLICIDADE
O exame vestibular começou no Brasil no ano de 1911, quando se tornou obrigatório para que alguém pudesse entrar no Ensino Superior. A seleção era feita por meio de provas orais e escritas, realizadas com a ajuda dos professores das próprias faculdades. No entanto, somente em 1950 é que a Escola Paulista de Medicina (início da USP) resolveu incluir questões em suas provas.

A certa altura, por conta do crescente número de universitários, as faculdades deixaram de fazer testes por departamento e passaram a organizar um processo seletivo unificado. Como é de se perceber, a USP foi aperfeiçoando sua maneira de fazer vestibular de acordo com as mudanças que transcorriam na sociedade.

Na década de 1940, o candidato era submetido a uma banca de três avaliadores, que eram professores do curso pretendido. Sem nenhuma pressão de tempo, os candidatos iam respondendo oralmente ou em uma pequena lousa questões de matemática, química, física, biologia e português.

O resultado final era afixado nas paredes do próprio instituto e a seleção tinha um caráter eliminatório e não classificatório, o que quer dizer que se houvesse 30 vagas, mas apenas 17 candidatos aptos à carreira, então 13 vagas ficariam ociosas, pois naquela época a universidade não era obrigada a preencher todas as vagas. Isto só mudou na década de 1970, com o crescimento vertiginoso de candidatos.

Entre as décadas de 1930 e 1950, a quantidade de candidatos era baixa, exceto para as carreiras de Engenharia, Medicina e Direito. Na década de 60, enquanto em alguns cursos a concorrência não passava de três por vaga, em outros a situação já se complicava para os docentes avaliadores.

Para se ter uma ideia, em 2006 foram inscritos no Vestibular Fuvest 170.496 pessoas a fim de concorrer a uma das 9.952 vagas da USP. Mesmo na carreira menos concorrida o número de inscritos supera o número de vagas.