Em outubro de 2007, o biólogo James Watson, de 79 anos, ganhador do prêmio Nobel por co-descobrir a estrutura do DNA, emitiu declarações tidas como racistas por diversos cientistas, sociólogos, políticos e ativistas de direitos humanos.
Ao ser entrevistado pelo jornal britânico “The Sunday Times”, ele afirmou que africanos são menos inteligentes do que ocidentais. A declaração verbal foi feita durante o lançamento de seu livro “Avoid Boring People”, em Londres, e resumia o assunto de sua obra.
Por esse motivo ele foi desconvidado de vários eventos confirmados e houve até quem procurasse nos estatutos da Fundação Nobel uma brecha legal para cassar-lhe o prêmio. Depois da repercussão de seu comentário, o cientista escreveu um artigo em que pediu desculpas a quem tivesse ofendido.
O jornalista Janer Cristaldo, no intuito de alfinetar aqueles que criticaram o cientista, disse que se Watson tivesse afirmado que “africano é mais inteligente”, ninguém o acusaria de racismo, nem instituições teriam cancelado suas palestras. E ainda diz mais: talvez lhe propusessem até mesmo um segundo prêmio Nobel.
A importância de retratar tal fato é expor que a situação não tem um fim próximo. A discussão sobre cotas não se resume a isso, é uma discussão sociológica, econômica, política, filosófica, humanista e histórica. Ela vai estar sempre presente em nossa sociedade porque sempre vai haver pessoas a favor e pessoas contra. O debate é válido, desde que seja bem aproveitado, de maneira sadia e com argumentos legitimados.
Curiosidade
Por Marla Rodrigues
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