Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)
A democracia é sustentada pelo diálogo, pela pluralidade de ideias e pela participação cidadã. No Brasil, no entanto, a crescente polarização política tem se mostrado um obstáculo para o fortalecimento desse regime. A intensificação de discursos radicais, muitas vezes alimentados por redes sociais, contribui para a fragmentação social e dificulta a construção de consensos, elementos essenciais para a governabilidade e para a estabilidade institucional.
Um dos principais desafios decorrentes dessa polarização é a deterioração do debate público. Em vez de discussões baseadas em argumentos e evidências, há a substituição por ataques pessoais, fake news e desinformação. Esse fenômeno fragiliza a confiança da população nas instituições e cria um ambiente propício à intolerância. Quando cidadãos deixam de reconhecer a legitimidade de opiniões divergentes, a própria essência democrática — que é a convivência pacífica entre diferentes visões — é comprometida. (Reestruture e explore de modo mais produtivo)
(Boa estratégia coesiva) Além disso, a polarização afeta diretamente a tomada de decisões políticas. Governos eleitos passam a governar apenas para sua base de apoio, negligenciando o diálogo com opositores e ignorando parte da população. Essa lógica de “nós contra eles” dificulta a formulação de políticas públicas abrangentes, capazes de atender às necessidades coletivas. Em longo prazo, esse cenário pode levar à instabilidade política, ao enfraquecimento institucional e até à erosão da própria democracia.
(Boa estratégia coesiva) Portanto, para superar os desafios impostos pela polarização política, é necessário incentivar a educação para a cidadania, promover a cultura do diálogo e fortalecer o papel da imprensa e das instituições democráticas. Somente por meio do respeito mútuo e da valorização da diversidade de ideias será possível garantir que a democracia brasileira não apenas resista, mas se consolide como um regime justo e inclusivo para todos. (Não apresentou a proposta propriamente dita)
Correção tradicional
| Critério |
Nota |
Observações |
| Competência 1 |
200 |
Nível 5 - Demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita serão aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizem reincidência. |
| Competência 2 |
160 |
Nível 4 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão. |
| Competência 3 |
120 |
Nível 3 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, limitados aos argumentos dos textos motivadores e pouco organizados, em defesa de um ponto de vista. |
| Competência 4 |
200 |
Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
| Competência 5 |
80 |
Nível 2 - Elabora, de forma insuficiente, proposta de intervenção relacionada ao tema, ou não articulada com a discussão desenvolvida no texto. |
| Nota final |
760
|
A redação está dentro do esperado para o ENEM, com pontos positivos a serem destacados. Há uma boa argumentação e coesão no texto, mas ainda é possível aprimorar a estruturação e a clareza das ideias.
|
Legenda de competências
| Competência |
Descrição |
| 1 |
Domínio da modalidade escrita formal |
| 2 |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de
conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa |
| 3 |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa
de um ponto de vista |
| 4 |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a
construção da argumentação |
| 5 |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos |