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A Constituição Federal brasileira de 1988 assegura pilares democráticos como o pluralismo político, a dignidade da pessoa humana e a soberania. No entanto, apesar de a democracia ser imprescindível para a construção de uma sociedade justa e participativa, observa-se que a intensificação da polarização política no país tem comprometido seu fortalecimento. Esse problema está relacionado sobretudo à desinformação no espaço virtual e à deficiência educacional quanto à formação política dos cidadãos. (Muito bem. Contextualizou o tem e formulou a tese)

Menciona-se, a princípio, que a desinformação na internet agrava o impasse. Desenvolvida inicialmente com propósitos militares no contexto da Guerra Fria, a internet tornou-se uma revolução global, facilitando a comunicação e o acesso à informação. Contudo, ela também abriu espaço para a amplificação de notícias falsas que moldam a percepção pública, a exemplo da informação falsa em 2018 sobre a existência do "kit gay" distribuído pelo Partido dos Trabalhadores para "doutrinar crianças". Nessa perspectiva, muitas pessoas baseiam suas opiniões e escolhas eleitorais em conteúdos enganosos, o que não só dificulta o debate racional, mas também acentua drasticamente a polarização no país. (Delimite e explore de modo mais produtivo)

(Boa estratégia coesiva) Outrossim, a deficiência da educação formal em matéria de política agrava a polarização existente na sociedade. Segundo o filósofo alemão Immanuel Kant, o homem é moldado pela educação que recebe. Sob essa perspectiva, quando as escolas negligenciam ou abordam de forma superficial temas relacionados aos princípios democráticos — como a importância da participação política e o respeito às diferenças de opinião —, os estudantes são privados das ferramentas essenciais para o pensamento crítico e o engajamento cívico consciente. Como consequência, forma-se uma geração mais vulnerável à desinformação e a narrativas extremistas, o que dificulta a construção de uma sociedade coesa e aberta ao diálogo.


(Boa estratégia coesiva) Portanto, medidas efetivas precisam ser adotadas para combater o impasse. Para isso, o Poder Judiciário, em articulação com o Congresso Nacional, deve endurecer a fiscalização e a punição de conteúdos falsos na internet, por meio de legislações mais rigorosas direcionadas àqueles que produzem desinformação, com o objetivo de reduzir os impactos negativos no debate público. Ademais, o Ministério da Educação deve promover a educação política nas escolas, por meio da inserção de conteúdos sobre cidadania e respeito à diversidade de opiniões nos currículos escolares, com o intuito de formar cidadãos mais críticos e abertos ao diálogo. Somente assim será possível assegurar os princípios democráticos previstos na Constituição. (Apresentou todos os elementos da proposta de intervenção)