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A constituição de 1988 – documento de maior hierarquia no sistema jurídico brasileiro – assegura o acesso à leitura e cultura como direito essencial de todos os cidadãos brasileiros. Entretanto, tal conjuntura não é perpetuada no Brasil, principalmente no que concerne aos desafios de democratizar e educar sobre a importância da leitura na construção da cidadania. Nesse viés, tal problemática deriva não só da inércia governamental, mas também do descaso social. (Muito bem. Formulou a tese)

Em primeiro plano, é possível destacar a ineficiência estatal como principal perpetuadora do problema, uma vez que o Governo não toma medidas para solucioná-lo. Partindo desse pressuposto, consoante ao filósofo inglês Thomas Hobbes, o Estado é responsável por garantir o bem-estar da população e manter a equidade social. No entanto, a afirmação de Hobbes é quebrada quando comparada à contemporaneidade brasileira, haja vista que o Poder Público se torna negligente ao negar a colaboração no processo de democratização da literatura e não auxiliar o hábito de ler com construções de bibliotecas públicas, gratuitas e de fácil entrada em regiões menos abastadas, contribuindo na elitização dos livros e na difícil construção da cidadania por meio da sabedoria literária. Dessa maneira, essas pessoas são desvalorizadas pelo Estado, conjuntura que impossibilita o pleno exercício de direito desses indivíduos.

(Boa estratégia coesiva) Outrossim, o descaso social é outro fator que colabora na ratificação do cenário vigente. Nessa perspectiva, o pensador grego Platão, em sua obra “A República”, expressa metaforicamente, utilizando a alegoria da caverna, a ignorância humana e a incapacidade de enxergar diferentes panoramas. Sob essa ótica, é possível relacionar a constatação do autor com a sociedade brasileira, visto que o costume de ler se esvaiu na modernidade do país em decorrência do pensamento ignorante de que livros são ultrapassados e não possuem importância. Todavia, a literatura é importante na obtenção de conhecimentos gerais, na formação de opinião e na criatividade, que consequentemente contribuem no pensamento crítico e político. Dessa forma, são necessárias atitudes de mitigação do conflito para o alcance da satisfação geral.

(Boa estratégia coesiva) Em síntese, diante dos desafios supramencionados, fica claro que ações precisam ser tomadas. Então, é necessário que o Governo, na figura do Ministério Da Cultura, introduza projetos sociais que auxiliem na coletivização da literatura ao construírem centros culturais de leitura gratuitos e abertos ao público, por intermédio da doação de verbas estatais, com o intuito de democratizar o acesso à informação. Também é dever dos veículos culturais, como a mídia, elaborar manchetes e artigos de cunho informativo sobre a importância da leitura na construção dos cidadãos, por meio de canais televisivos, a fim de educar o povo. (Apresentou todos os elementos da proposta)