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Segundo Antônio Lobo Antunes, escritor português, "um povo que não lê, é um povo escravo". Logo, entende-se que quando o indivíduo não costuma ler, torna-se alvo fácil de manipulação. Nesse pensamento, compreende-se o quão é importante a leitura para a formação do cidadão brasileiro, já que para que ele seja um cidadão que tem direitos e deveres, precisa entender o que ocorre na sua sociedade, conheci- mento que é adquirido, principalmente, pela leitura (Melhore a construção de sentido). Essa circunstância é ocasionada pela formação socioeducacional e mantida pela inoperância estatal no que se refere ao imbróglio.

Sob essa ótica, nota-se a construção socioeducacional como uma das causas. Nessa conjuntura, o escritor brasileiro Paulo Freire afirma: "Se a educação sozinha não transforma a sociedade sem ela tampouco a sociedade muda". Com isso, é perceptível a importância da educação, nesse caso da leitura, na mudança na vida e na sociedade. Entretanto, o fato de muitas escolas não incentivarem a leitura ou ensinarem desde cedo para as crianças acerca da política do Brasil contribui para o adiamento da solu-
ção, fazendo com que essa mesmas, quando crescerem, tornem-se alienadas, pois por não entenderem ou não saberem da importância disso para a construção como cidadãos acabam por negligenciar o assunto.

(Boa estratégia coesiva) Ademais, vale ressaltar, ainda, a ineficácia das políticas públicas na resolução da problemática. Nesse viés, o fato de o Estado não demonstrar o devido interesse em como a falta da leitura tem influenciado negativamente a nação brasileira coopera para a permanência do problema, já que a população carente - a que mais sofre - acaba por ficar à mercê do próprio Estado sem ter o mínimo conhecimento acerca do que é ser cidadão. Rompe-se, dessa forma, o artigo 6° da Constituição Cidadã de 1988, o qual garante o acesso igualitário aos direitos sociais, inclusive a educação - leitura e conhecimento -, uma vez que a incapacidade do Poder Pública em garantir essa demanda ocasiona o desequilíbrio social.

(Boa estratégia coesiva) Destarte, urge que medidas sejam tomadas para a superação dessa circunstância. Para isso, o Estado, por meio de seus poderes, deve enviar mais verbas para as escolas para a criação de mais projetos de incentivo a a leitura e sua importância para a cidadania no Brasil, desde crianças, os quais devem mostrar o porquê dessa prática para quando crescerem possam entender sobre seus direitos e deveres e não sejam manipulados tornando o Brasil um lugar mais justo. O Estado pode, ainda, investir em mais projetos nas comunidades carentes brasileiras para que estas também tenham a oportunidade de se desenvolverem na leitura e no conhecimento da sua cidadania, bem como o que isso significa. Desse modo, com o Estado trabalhando em prol do desenvolvimento da população, o equilíbrio poderá, então, ser alcançado e o povo brasileiro terá a escolha de não se tornar escravo por meio da leitura e do conhecimento. (Apresentou todos os elementos da proposta de intervenção)