A leitura edifica o homem.

Sob a perspectiva de Jean-Paul Sartre, em sua teoria sobre a "Acomodação Social", existem assuntos silenciados socialmente. Nesse sentido, na contemporaneidade, tal premissa é corroborada à medida que a importância da leitura na construção da cidadania no Brasil não recebe atenção da sociedade. Assim, é válida uma análise na qual se deve levar em conta o impacto do descaso estatal e da precariedade intrínseca ao sistema escolar na desvalorização do hábito de ler pelos brasileiros. (Muito bem. Formulou a tese)

É pertinente discutir, em primeira instância, como a indiligência governamental prejudica a tomada de consciência do valor da leitura na edificação cidadã. Em sua obra, "O Cidadão de Papel", Gilberto Dimenstein defende que a sociedade seria perfeita caso direitos e deveres, como aqueles propostos na Constituição, fossem assegurados na prática. Todavia, a realidade se distancia do pensamento do jornalista, haja vista a nítida negligência do governo em incentivar os cidadãos, principalmente aqueles em situação de vulnerabilidade econômica, a ler com mais frequência. Esse desleixo se comprova mediante ao aumento de pessoas que caem em notícias falsas por falta do conhecimento que poderia ser obtido com a leitura, mas acaba inviabilizado pelo descompromisso público em, por exemplo, ofertar livros gratuitos nas periferia, cujo acesso aos materiais é dificultado pela baixa renda mensal. A conjuntura em questão, consequentemente, acaba violando o artigo 227 da Carta Magna, o qual destaca o dever do Estado na garantia do direito à cultura e à educação, o que evidência a necessidade de mudança no comportamento do aparato administrativo para que este se alinhe a sociedade perfeita idealizada por Dimenstein. (Delimite as discussões)

(Boa estratégia coesiva) Ademais, a postura inerte da esfera acadêmica também é um desafio na promoção da leitura entre os brasileiros para o pleno exercício de sua cidadania. Conforme Paulo Freire, as escolas devem promover uma educação libertadora e capaz de formar cidadãos detentores de uma visão de mundo ampliada. Grande parte dos colégios, entretanto, está na contramão do que enuncia o educador. Isso porque há uma evidente priorização de um ensino conteudista e memorizador, o qual privilegia conteúdos curriculares em detrimento de uma formação crítica acerca da importância do hábito de ler para o aumento de oportunidades na ala profissional. Como consequência dessa ausência de incentivo por parte dos professores, os alunos se afastam da leitura e acabam atraídos por hábitos nocivos à saúde mental, como navegar em redes sociais a exemplo do TikTok por horas, devido exigirem menos de seu raciocínio do que os livros (Reestruture a discussão). Dessa forma, urge intervir sobre o modelo alienador de ensino que impera, visto que ele contribui para a permanência de uma sociedade imediatista e com pouco conhecimento.

(Boa estratégia coesiva) Portanto, é indiscutível a necessidade de se promover a importância da leitura na construção da cidadania em território nacional. Para isso, o governo, enquanto responsável pelo bem social, deve, por meio de uma maior disponibilização de verbas, investir na aquisição de livros que devem ser distribuídos gratuitamente a população, bem como na melhoria da infraestrutura das escolas da rede pública com a construção de bibliotecas e a organização de espaços destinados ao debate entre os estudantes e os docentes. Essa ação será executada a fim de remediar o estado inoperante do poder público e do setor educacional. Como efeito, espera-se contrapor aquilo denunciado por Sartre. (Apresentou todos os elementos da proposta)