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No livro “Fahrenheit 451”, de Ray Bradbury, é retratada uma sociedade distópica que proíbe o consumo de qualquer tipo de livro, queimando-os. Fora da ficção, no Brasil, a falta de leitura também causa impactos no âmbito da cidadania, infelizmente, como na obra. Dessa maneira, cabe apontar o precário desenvolvimento do pensamento crítico como consequência, bem como a desigualdade social como obstáculo. 

Em primeira análise, é necessário citar como o raciocínio analítico é dificultado pelo insuficiente hábito de ler, impedindo os questionamentos políticos e sociais. Para exemplificar, durante o regime nazista alemão diversas obras científicas, literárias e filosóficas foram banidas, como as do economista Karl Marx. O objetivo dessa atitude era privar a população de conteúdos que estimulam o conhecimento crítico e racional, impedindo-a de desenvolver um intelecto capaz de identificar e revoltar-se com problemas governamentais. Consequentemente, não somente em momentos como esse, a falta de leitura não deixa que o povo lute pelos seus direitos e participe ativamente nas questões políticas e sociais. Desse modo, é notório que o cidadão pleno não é formado sem essa prática. 

(Boa estratégia coesiva) Ademais, a assimetria social também colabora para a problemática. Nesse sentido, no livro “Quarto de Despejo”, Carolina Maria de Jesus escreve que na comunidade onde morava a sua fonte de obras literárias e jornais era o lixo, principalmente. Apesar de retratar a década de 60, o acesso desigual ao conhecimento escrito continua presente na nação, visto que os mais ricos conseguem pagar por esse tipo de informação e lazer, enquanto os mais pobres dificilmente podem adquiri-las por gastarem a pouca renda com itens vitais - comida, entre outros. Como consequência, em áreas em que as políticas públicas já são falhas, a população é ainda mais prejudicada por não ter acesso a esse desenvolvimento cultural e intelectual. Logo, à cidadania é dificultada por impedir que os direitos básicos da educação e o lazer se concretizem.

(Boa estratégia coesiva) Portanto, é necessário que medidas sejam tomadas para acabar com esse problema. Para tanto, as escolas - responsáveis pelo desenvolvimento acadêmico e civil do povo - devem aumentar a taxa de leitura dos alunos. Isso deve ser feito por meio de projetos e palestras que demonstrem e discutam a importância da leitura para formação cidadã, a fim de estimular a prática entre os jovens. Assim, aumentará o exercício social e político pleno. (Apresentou todos os elementos da proposta)