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Para os gregos antigos, a cidadania era a atividade sustentadora da cidade-estado, na medida em que, segundo sua visão, o debate intercidadão acerca das questões enfrentadas pela pólis, bem como a mobilização coletiva dos cidadãos para a resolução dessas problemáticas, permitia sua integridade e, por extensão, a salvaguarda dos seus membros. Na hodiernidade brasílica, todavia, a construção da cidadania nacional é negligenciada, pois vários brasílicos não conhecem ou não praticam o hábito leitor - fundamental para tal edificação cidadã. Nesse sentido, agruras como escassez educacional e o descaso estatal devem ser analisados para resolver o revés. (Muito bem. Formulou a tese)

Diante desse cenário, a carência de ensino para muitos brasileiros dificulta o desenvolvimento de práxis leitora pelos cidadãos. Conforme o pedagogo Paulo Freire: "Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco esta muda".Prova disso se encontra no contexto em discussão,porque a falta de educação escolar para parte da população inibe o potencial da educação de criar, nessa parcela, uma rotina leitora mediante atividades e discussões crítico-reflexivas que estimulam o desenvolvimento da leitura pelos alunos, como a análise de textos literários e sociológicos nas aulas. Por consequência, a estruturação cidadão daqueles carentes de educação escolar é obstruída, já que a pouca leitura crítica da história e dos pensamentos sociológicos e filosóficos sobre as questões circunscritas à sociedade tolhe a conscientização do leitor acerca de seu próprio corpo social - a qual lhe permite, mais precisamente, pensar, agir e discutir sobre essas questões, elevando sua contribuição cidadã. (Delimite as ideias apresentadas)

(Boa estratégia coesiva) Ademais, a omissão governamental quanto à promoção da leitura também obstaculiza a construção da cidadania entre os brasílicos. De acordo com o escritor Gilberto Dimenstein, em sua obra "O Cidadão de Papel", o corpo jurídico do Brasil, embora bem elaborado teoricamente, não é efetivamente praticado, tornando-se meramente simbólico. Sob essa lógica, a narrativa converge com a conjuntura em discussão, porquanto há parcas e ineficientes políticas públicas que propaguem a atividade leitora em espaços públicos - como a partir da criação de feiras literárias periódicas que distribuam gratuitamente obras literárias nacionais e regionais. Dessa maneira, a despeito de existirem leis na Constituição que assegurem o acesso à cultura e à leitura, caso do Artigo 215, tal legislação não é assegurada na prática pelo Estado, em consonância com pensamento dimensteineano. Logo, é premente a correção dessa postura negligente pela autoridade máxima, de sorte a promover a leitura. (Delimite as discussões)

​​​​​​​(Boa estratégia coesiva) Portanto, para difundir o hábito leitor e, assim, permitir a construção integral da cidadania pelos brasileiros, cabe ao Ministério da Educação, por meio de investimentos, instituir reformas na logística de ensino formal as quais fomentem a instalação de mais escolas e de mais transportes escolares pelo país, a fim de democratizar a educação. Ainda, o Ministério da Cultura deve criar palestras e feiras literárias que incentivem a leitura à população. Esta ação deve, por exemplo, trazer filósofos e pedagogos que discutam a relevância da cidadania para a manutenção da sociedade, com o fim de conscientizar os educandos e estimulá-los à prática cidadã. (Apresentou todos os elementos da proposta de intervenção)