[Sem título] - Corrige Aqui

O filósofo britânico John Locke considera que liberdade é um princípio fundamental e direito natural humano. Contudo, a efetivação desse direito envolve discussões sobre a própria definição ontológica do que é a liberdade. (Truncamento) Haja visto que, com a popularização do acesso à internet no século XXI, a exposição e comunicação de ideias alcançou níveis sem precedentes. Outrossim, esse processo desencadeou uma série de efeitos danosos: a divulgação de "fake news", negacionismo científico, ataques de ódios contra minorias, entre outros, agravados pelo poder difusor das redes sociais. Não obstante, muitos do que praticam esses atos criminosos aproveitam-se da anonimidade online, ou disfarçam os preconceitos sob a égide de uma pseudo liberdade de expressão. Assim, faz-se necessário haver legislação e policiamento contra os crimes de ódio e de desinformação na internet, de modo a ser um lugar seguro e respeitoso, onde a liberdade se manifesta como um direito que não fere os direitos de outrem. (Delimite as discussões)

O pensador coreano Byung-Chul Han, em análise sociológica do século XXI, considera que grande parte da identidade do indivíduo na contemporaneidade tornou-se digital. Como um espaço onde as pessoas podem se comunicar e se agrupar conforme as afinidades, a internet permite a vazão de comportamentos que provavelmente teriam espaço na vida real. Deste modo, o indivíduo pode se sentir mais à vontade para exprimir ideias que teriam pouca aceitação em seu meio social, ou mesmo se envolver em crimes cibernéticos, como injúrias raciais, ou o compartilhamento de notícias falsas. Nesses termos, uma série de problemáticas latentes na vida real passam a se expressar no virtual, mas sob uma espécie de aura de impunidade, que supostamente não trará consequências palpáveis. (Delimite as discussões)

(Boa estratégia coesiva) Todavia, a ideia da desconexão é falsa, pois a divulgação de "fake news" e discurso de ódio pode impactar no bem-estar público, ao por exemplo, obstruir campanhas de vacinação, manchar imagens públicas, incentivar preconceitos...  (Melhore a coesão desse trecho) Portanto, é imprescindível legislações como a P.L 2630/2020, que busca um maior controle em relação a coibir esse tipo de ação. Não se trata portanto de perseguir opiniões dissidentes ou que desagradem um determinado grupo, e sim evitar o potencial danoso à coletividade da divulgação de inverdades. Garante-se então a total liberdade de expressão, que nunca deve incorrer em atos criminosos. (Melhore a construção dessa discussão)

Considerando o tratado, cabe ao poder público em todas as suas esferas fomentar o debate amplo sobre o tema, online ou não, ao mesmo tempo que legisla sobre a questão. Cabe ao governo federal, como articulador das políticas, promover não apenas o aspecto punitivo e exemplar aos crimes virtuais, mas também promover a conscientização através de simpósios, palestras, cursos abertos e congêneres em escolas e demais lugares sobre o uso consciente e cidadão da internet, de modo que a liberdade aliada da ética e da responsabilidade sejam precípuas a todas as práticas virtuais. (Proposta incompleta)