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A edição deste ano do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem 2009, desagradou a muitos. Tudo começou ainda em outubro, quando as provas foram canceladas na véspera da aplicação, que seria nos dias 3 e 4 daquele mês. Com isso, várias universidades importantes do Brasil, como a USP e a Unicamp, cancelaram a nota do exame do MEC na pontuação final de seus vestibulares.
Passada a tempestade, uma nova prova foi feita e os estudantes realizaram ela nos dias 5 e 6 deste mês. Realizaram ou leram? A prova mais parecia um livro. A maioria das questões apresentava textos introdutórios, sendo que em alguns casos dava para responder apenas lendo a pergunta nas últimas linhas. Será que os professores que fizeram a avaliação pensaram que os estudantes teriam uma semana para responder? Só pode.
Ao longo da semana recebemos vários comentários de nossos usuários criticando a edição deste ano. Através do nosso Blog Interativo, perguntamos aos estudantes o que eles acharam do Enem 2009. Entre os quase 1.500 comentários que recebemos até então, praticamente todos reprovam o exame. A principal crítica se refere ao desgaste físico e mental que a prova proporcionou, um verdadeiro teste de resistência, como relata abaixo a usuária Gésica Caroline: “A prova foi cansativa e os textos eram enormes, foi um teste de resistência isso sim (...). Quero ver quem consegue resolver a prova toda com raciocínio do início ao fim em apenas 4 horas. Achei um absurdo”.
A edição desagradou a maioria dos participantes
Não foram somente os alunos que tiveram essa visão. Segundo Marcos Noé, professor de Matemática da equipe Brasil Escola, os enunciados estavam extensos, mesmo nas questões da sua área, onde a preocupação maior são os cálculos. “Isso faz com que o aluno perca a concentração, até mesmo porque esse modelo de avaliação é novidade entre os jovens”, afirma o docente.
Mas o docente também valoriza o aspecto inovador do Enem, que deu importância grande para a leitura: “O Enem valorizou a leitura, mesclando os conhecimentos adquiridos em livros didáticos e em situações cotidianas, dessa forma aquele estudante acostumado a leituras diárias não teve dificuldades na resolução das questões”. Valorizar a leitura é sempre importante, mas o MEC deveria levar em consideração o tempo para realização da prova.
Outro problema grave foi em relação ao gabarito. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, Inep, divulgou por 6h em seu site um gabarito repleto de erros. O correto só foi postado no dia seguinte. Mesmo assim, professores contestam algumas respostas, principalmente em relação as provas de português.
Enfim, é este o exame que almeja substituir todos os vestibulares do Brasil em um futuro próximo? Podem ter certeza que as universidades brasileiras fizeram uma leitura crítica do Enem 2009 e muita coisa vai mudar para a próxima edição. Enquanto o resultado não sai, vejam a Resolução Comentada feita pela nossa equipe.
Passada a tempestade, uma nova prova foi feita e os estudantes realizaram ela nos dias 5 e 6 deste mês. Realizaram ou leram? A prova mais parecia um livro. A maioria das questões apresentava textos introdutórios, sendo que em alguns casos dava para responder apenas lendo a pergunta nas últimas linhas. Será que os professores que fizeram a avaliação pensaram que os estudantes teriam uma semana para responder? Só pode.
Ao longo da semana recebemos vários comentários de nossos usuários criticando a edição deste ano. Através do nosso Blog Interativo, perguntamos aos estudantes o que eles acharam do Enem 2009. Entre os quase 1.500 comentários que recebemos até então, praticamente todos reprovam o exame. A principal crítica se refere ao desgaste físico e mental que a prova proporcionou, um verdadeiro teste de resistência, como relata abaixo a usuária Gésica Caroline: “A prova foi cansativa e os textos eram enormes, foi um teste de resistência isso sim (...). Quero ver quem consegue resolver a prova toda com raciocínio do início ao fim em apenas 4 horas. Achei um absurdo”.
A edição desagradou a maioria dos participantes
Não foram somente os alunos que tiveram essa visão. Segundo Marcos Noé, professor de Matemática da equipe Brasil Escola, os enunciados estavam extensos, mesmo nas questões da sua área, onde a preocupação maior são os cálculos. “Isso faz com que o aluno perca a concentração, até mesmo porque esse modelo de avaliação é novidade entre os jovens”, afirma o docente.
Mas o docente também valoriza o aspecto inovador do Enem, que deu importância grande para a leitura: “O Enem valorizou a leitura, mesclando os conhecimentos adquiridos em livros didáticos e em situações cotidianas, dessa forma aquele estudante acostumado a leituras diárias não teve dificuldades na resolução das questões”. Valorizar a leitura é sempre importante, mas o MEC deveria levar em consideração o tempo para realização da prova.
Outro problema grave foi em relação ao gabarito. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, Inep, divulgou por 6h em seu site um gabarito repleto de erros. O correto só foi postado no dia seguinte. Mesmo assim, professores contestam algumas respostas, principalmente em relação as provas de português.
Enfim, é este o exame que almeja substituir todos os vestibulares do Brasil em um futuro próximo? Podem ter certeza que as universidades brasileiras fizeram uma leitura crítica do Enem 2009 e muita coisa vai mudar para a próxima edição. Enquanto o resultado não sai, vejam a Resolução Comentada feita pela nossa equipe.