Os pulmões dos cariocas estão em festa. Isso porque um decreto municipal do Rio de Janeiro, publicado na terça-feira (13) no Diário Oficial, proíbe o fumo em locais fechados, públicos ou particulares, a partir do dia 31 de maio. Esta é uma medida recomendada internacionalmente, e já está em vigor em países como França e Portugal.
A data foi escolhida por César Maia, prefeito do Rio de Janeiro, por ser o Dia da Luta contra o Tabagismo. A medida proíbe o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos e cachimbos em local fechado, onde exista parede, teto ou qualquer barreira física. Até mesmo em varandas, será proibido se não houver isolamento (para que a fumaça não invada os ambientes fechados). Na proibição, estão incluídos também os saguões, halls, antecâmaras, escadas, rampas, corredores e praças de alimentação.
Essa decisão impede até mesmo que os estabelecimentos mantenham áreas para fumantes pois, segundo a prefeitura do Rio, por serem fechados, não impedem que a fumaça invada locais designados para não-fumantes.
A Vigilância Sanitária fará uma fiscalização diária e receberá denúncias da população (através do número 2503-2280). Os locais públicos fechados terão avisos nos locais. Os fumantes que desrespeitarem serão advertidos e podem ser retirados dos locais assim como os estabelecimentos que não cumprirem o decreto poderão ser multados e até ter o alvará de funcionamento suspenso.
A alegação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio é simples: o decreto entra em vigor a partir do dia 31 de maio para garantir a qualidade do ar em ambientes fechados e proteger a saúde das pessoas (especialmente as não-fumantes).
Cigarro: permitido apenas em ambientes abertos
Mas os donos de estabelecimentos comerciais não ficaram muito contentes com a decisão. O Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes cariocas (SindRio) estuda medida judicial contra a decisão da prefeitura.
Ora, se, de acordo com dados da própria SMS-RJ, apenas 17% dos cariocas são fumantes, isso significa que são minoria (esse número sobe para 22% a nível nacional). Sendo assim, a vontade da maioria (pelo ar puro e roupas e cabelos sem o odor terrível do cigarro alheio) deve ser respeitada. Assim, quem quiser jogar um pouco de fumaça para os pulmões que o faça ao ar livre, longe de locais fechados.
Parece uma medida um tanto quanto radical, mas, para algumas pessoas, pode ser a única solução. Muitos fumantes não têm o bom senso de respeitar os não-fumantes e se acham no direito de acender um cigarro até mesmo dentro de elevadores. É claro que há exceções, pessoas que sabem os locais apropriados para alimentar seu vício. Mas, pela falta de educação da maioria, os bem educados acabam sofrendo com o decreto.
Esse decreto pode servir como uma boa medida educativa: isolar os fumantes e restringir o uso de cigarros em locais públicos pode ajudar a diminuir a influência destes em jovens e adolescentes.
E você? Acha certo proibir o uso de cigarros em locais fechados? Acha que a prefeitura do Rio exagerou (já que existem locais separados para fumantes e não-fumantes)? Por que, com tanta informação atualmente, 22% dos brasileiros ainda são fumantes? Dê sua opinião sobre o assunto!
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