Alerta para a gripe suína

Em 08/05/2009 12h08 , atualizado em 08/05/2009 13h59 Por Wanessa de Almeida

Imprimir
Texto:
A+
A-
PUBLICIDADE
Alerta sim! O perigo já não está mais fora das fronteiras brasileiras. Na noite de ontem (07) o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, confirmou quatro vítimas da doença no país, oficialmente conhecida como gripe A (H1N1) – dois em São Paulo, um em Minas Gerais, e outros dois no Rio de Janeiro. Apenas um carioca continua internado.

Apesar do risco iminente, o ministro pediu tranquilidade à população, pois não há evidências de que o vírus esteja circulando no Brasil, já que os casos confirmados são de pessoas que viajaram para países onde a epidemia já se alastrou, como México e Estados Unidos. Além disso, os familiares desses doentes não desenvolveram sintomas da nova gripe.

Segundo Temporão, todas as providências para que o vírus não se dissemine no país estão sendo tomadas e que há material para tratar mais de 12 mil pessoas e matéria-prima para medicamentos para 9 milhões. Outra coisa: já foram adquiridos kits para realização de testes, cujos resultados podem sair em mais ou menos três dias. Novos 15 resultados devem ser liberados ainda hoje.


Segundo Temporão, não há motivo para pânico no país

O alarde da gripe suína começou há duas semanas, quando foram registrados casos no México e Estados Unidos. Desde então, o número de casos continua crescendo, chegando nesta quinta-feira a 2.371 confirmados em 24 países, incluindo 44 mortes: 42 no México, 2 nos EUA. Casos restritos foram registrados na Europa, mas nenhum deles levando o infectado a óbito. A doença representa o maior risco de uma pandemia desde que a gripe aviária reapareceu há cinco anos.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o nível de alerta permanece em 5, faltando apenas um para que o surto seja considerado pandemia. Para tanto, é preciso que haja transmissão ampla em mais de um continente. Até o momento, o surto se restringe à América do Norte. De acordo com a organização, se a pandemia for declarada, mais de dois milhões de casos poderão ser registrados no mundo, isto é, um terço da população mundial.


México: centro do surto de gripe A (H1N1)

O pânico foi instaurado de tal forma que atitudes radicais estão sendo tomadas em países onde a doença nem deu sinais. No Egito por exemplo, mais de 300 porcos foram mortos mesmo sem nenhum registro de doença em seu território. Tradições como o beijo de bochecha no Líbano também estão sendo desestimuladas, tudo para evitar contágios.

Já a China rastreou e isolou pessoas que viajaram em um voo, que partiu da Cidade do México no último dia 30 com destino a Xangai. Diversos mexicanos sem suspeita da doença foram colocados em quarentena. A medida foi duramente criticada pelo governo mexicano, que a classificou de injustificada e discriminatória, o que desencadeou uma tensão diplomática entre as duas nações. A Organização das Nações Unidas (ONU) também deu seu parecer favorável ao México.


Na Ásia, porcos são desinfectados

O que saber?

Uma coisa é certa: você deve saber algumas informações para que a doença não te pegue de surpresa:

1ª O que é a gripe suína?
É uma doença respiratória causada pelo vírus pelo vírus influenza A, chamado de H1N1.

2ª Qual a diferença da gripe suína para gripe comum?
Sabe-se que este vírus contém material genético dos vírus humanos, de aves e de porcos, incluindo nestes últimos suínos da Europa e da Ásia.

3ª Quais são os sintomas?
Bem parecidos com os da gripe comum, como febre alta, dor de cabeça e tosse. Sintomas como tosse e náusea também foram registrados em pacientes da gripe A (H1N1).

4ª Como ela é transmitida?
Em contato com porcos contaminados e por via aérea, de pessoa para pessoa. Mas atenção! O cozimento destrói o vírus. Por isso, ele não pode ser transmitido pela carne do porco. Ou seja, matar os bichinhos e jogar a carne fora de nada adianta.

5ª Viajei para locais onde há surto de gripe suína. O que fazer?
Nestes casos, o alerta deve ser para aqueles que estão apresentando sintomas de gripe. O ideal é procurar imediatamente apoio médico e até que a doença se confirme ou não, evitar locais de aglomerações de pessoas, já que Influenza A pode ser transmitido por alguém até 24 horas antes de o contaminado apresentar os sintomas.

No mais, ainda estamos teoricamente protegidos contra vírus, não havendo necessidade de uso de máscaras ou de tomar remédios antigripais. Até o momento, o Ministério da Saúde está fazendo o seu papel, deixando a população informada sobre todos os procedimentos que estão sendo tomados para que o surto não se alastre pelo país. Mas o risco está aí, afinal, ninguém controla o ar que respiramos não é mesmo?

E você vestibulando, fique atento a todas as novidades sobre a gripe suína, pois o assunto é atual e pode sim ser cobrado nas próximas provas. Por isso, estude temas relacionados como gripe aviária, por exemplo.