Bill Clinton, ex-presindente estadunidense, certa vez reproduziu um estereótipo das nações estrangeiras: "a corrupção no Brasil é um problema endêmico". De fato, são inúmeros os casos de nepotismo, abuso de autoridade, demagogia, entre outros, que influenciaram a descrença da população na política do país e a falência de utopias. Nesse contexto, a reforma política pode propiciar um futuro mais limpo na democracia do Brasil.
Mas a luta por uma reforma deve proceder do próprio povo. Isso porque, desde o fim da ditadura, projetos desse teor tramitam no Congresso Nacional e logo são arquivados. Esse arquivamento advém da falta de interesse dos congressistas na mudança do cenário político, uma vez que se elegeram e se mantêm no poder com base nesse sistema. É, pois, de fundamental importância o engajamento civil numa pressão efetiva e disciplinada sobre esses políticos.
Todavia, não basta manifestar-se como em 2013, deve se ter foco, planejamento de ideias e liderança. Em 2013 os manifestantes foram às ruas sem diretrizes claras e apaziguaram-se já em 2014, o que contribuiu para que a proposta de reforma política da presidenta Dilma Rousseff ao Congresso Nacional fosse rejeitada como tantas outras. Nesse sentido, os aspectos da reforma precisam ser debatidos boca-a-boca e via redes sociais antes de um levante vazio e à mercê do esquecimento do Congresso Nacional.
Além disso, o debate deve ser pautado em modificações da estrutura do poder: quem o exerce, como exerce, para quem exerce e com qual finalidade. Por exemplo, uma das bandeiras ser o fim das doações de empresas privadas em eleições. Dessa forma, a troca de favores após a eleição deve ser extinguida e, com isso, o candidato eleito lutará pelo povo e não se submeterá a chantagens de interesses privados.
Portanto, tornam-se necessárias manifestações perenes com reinvidicações reivindicações específicas e contundentes. Para isso, as ONGs exercem um papel importante de combater a falência das utopias. Dessa maneira, o terceiro setor da sociedade contribui com ideais utópicos que serão buscados mas não necessariamente atingidos, ou seja, um norte. A partir disso, além de contribuir no engajamento da população nas manifestações, cria-se na mente das próximas gerações, através da escola e da família, uma consciência na qual os governantes são, na verdade, os governados pelo povo. Sendo assim, a democracia no Brasil será do povo, pelo povo e para o povo.
Comentários do corretor
Bom texto! Aborda o tema proposto de forma clara, objetiva, coerente, crítica e bem elaborada. Atenção apenas à grafia correta das palavras.
Continue exercitando sua escrita.
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 2.0 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.5 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 2.0 |
NOTA FINAL: | 9 |
Saiba como é feito a classificação da notas | ||||
0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |