Justiceiros: justiça equívoca - Banco de redações


Justiça com as próprias mãos?

Enviada em: 06/03/2014

Status:

Corrigida
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O Brasil, nos primeiros meses de 2014, presenciou a ascensão dos intitulados “justiceiros” – grupos formados por pessoas que resolvem aplicar a sua própria “justiça” aos infratores. Essa “justiça” deflagra-se de várias formas como: surras, humilhações, torturas e até a morte. Segundo eles, se a polícia e/ou autoridades governamentais não tomam atitudes para diminuir a criminalidade no país, o jeito é a população tomar.

Alguns atos dos “justiceiros” divulgados pela mídia (principalmente os jornais, sites e redes sociais) causaram uma grande repercussão nacional e até internacional (notadamente nos Estados Unidos). Cita-se, por exemplo, os ocorridos no estado do Rio de Janeiro, onde um jovem foi morto em plena luz do dia, e na frente dos transeuntes com tiros na cabeça, (;) e, também, o do rapaz de 15 anos, que foi espancado e amarrado nu ao poste. Em ambos os casos, eles foram acusados de roubos e furtos.

As ações dos “justiceiros”, que no início estavam ocorrendo no Rio de Janeiro, se disseminaram para outros estados brasileiros. Podem-se citar como exemplos os estados do Piauí (onde um rapaz foi espancado e jogado em um formigueiro), Minas Gerais (onde um homem de 26 anos foi surrado e atirado da ponte no Rio Uberaba) e Espírito Santo (onde um homem de 31 anos foi espancado e morto a tiros por, supostamente, ter estuprado suas enteadas, fato este negado após exame médico feito nas garotas).

Esses dados noticiados pela imprensa preocupam tanto o governo quanto a sociedade (aqueles que são contra tais barbáries), os quais temem que esses atos violentos se voltem contra outrem (como os homossexuais, mendigos etc.). Segundo as autoridades, os “justiceiros” de hoje, amanhã serão os próprios criminosos; motivo este que requer ações urgentes para pôr fim a sua deflagração e, consequentemente, diminuir a violência no país.

Entre tais ações, três são fundamentais. A primeira seria a atualização do Código Penal Brasileiro (sancionado em 1940), não só reduzindo a maioridade penal, mas com punições mais severas para os crimes ali expressos. A segunda seria o aperfeiçoamento das polícias (treinamento adequado para cada situação, melhores salários etc.), evitando, assim, que ao cumprirem o seu dever, não utilizem os mesmos métodos errôneos dos “justiceiros”. Por fim, os governantes devem aplicar os recursos públicos em áreas sociais (como educação, saúde e segurança) ao invés de depositá-los em suas contas.

Comentários do corretor


Atenção para a concordância de número (singular e plural) e a pontuação.

Bom texto. Objetivo, bem estruturado, com argumentos que defendem de forma persuasiva e coerente o seu ponto de vista. Parabéns!

Continue exercitando sua escrita!


Competências avaliadas


Item Nota
Adequação ao Tema Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. 2.0
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. 2.0
Adequação ao Gênero Textual Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. 2.0
Adequação à modalidade padrão da língua Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. 1.5
Coesão e Coerência Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. 2.0
NOTA FINAL: 9.5


Saiba como é feito a classificação da notas
0.0 - Ruim 0.5 - Fraco 1.0 - Bom 1.5 - Muito bom 2.0 - Excelente