Hannah Arendt afirma que "a essência dos direitos humanos é o direito de ter direitos". No Brasil, essa essência é frequentemente negada por meio de práticas como a arquitetura hostil, que limita o acesso de determinados grupos a espaços públicos. Embora esse tipo de arquitetura seja justificado pela organização do espaço urbano, ela prejudica principalmente pessoas em situação de vulnerabilidade social, aprofundando as desigualdades já existentes. Diante disso, dois aspectos se destacam: a importância da participação social no combate a essas desigualdades e a omissão governamental frente a essa problemática. (Muito bem. Contextualizou o tema e formulou a tese)
Em primeiro lugar, a participação social é fundamental no enfrentamento dessas injustiças. Segundo o artigo 5º da Constituição Federal, todos os cidadãos têm o direito de ir e vir. No entanto, a realidade brasileira está distante desse ideal, pois a arquitetura hostil atua de maneira a restringir o acesso de uma parcela da população a espaços que deveriam ser de todos. Esse distanciamento impede que cidadãos em situação de vulnerabilidade usufruam plenamente do ambiente urbano. Assim, é urgente alterar esse quadro de exclusão, promovendo uma sociedade mais inclusiva.
(Boa estratégia coesiva) Além disso, é necessário destacar a negligência estatal em relação a essas práticas excludentes. O filósofo John Locke defendia que cabe ao Estado garantir os direitos de todos os cidadãos. No entanto, o Estado brasileiro tem falhado nessa função, já que a arquitetura hostil contribui para o agravamento das desigualdades sociais (Explore mais essa discussão). A ausência de políticas públicas eficazes para combater essa realidade revela o descaso governamental e a perpetuação da exclusão social.
(Boa estratégia coesiva) Portanto, medidas interventivas tornam-se imprescindíveis. Para reverter essa situação, é essencial que os conselhos de assistência social, em parceria com o governo, desenvolvam ações que eliminem a arquitetura hostil em espaços públicos. Isso pode ser feito por meio de campanhas de conscientização e fiscalização efetiva, garantindo o cumprimento das leis que asseguram os direitos de todos os cidadãos. Com essas iniciativas, será possível construir um Brasil mais justo, inclusivo e igualitário. (Proposta completa)
Comentários do corretor
As discussões são pertinentes, no entanto precisam ser mais exploradas. Mantenha os aspectos positivos.
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 200 | Nível 5 - Demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita serão aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizem reincidência. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 200 | Nível 5 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 160 | Nível 4 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 200 | Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 200 | Nível 5 - Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 960 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |