Roberto de Sousa Cirilo Gomes - Banco de redações

Na obra “Eichmann em Jerusalém”, a escritora alemã Hannah Arendt cria o conceito de “Banalidade do mal”, o qual pode ser interpretado como a recusa do caráter humano em refletir acerca dos problemas sociais. De maneira análoga, percebe-se que há, no Brasil, um processo contínuo e arraigado em negligenciar direitos fundamentais (Dê exemplos, visto que os governantes não se preocupam com a saúde da população idosa (Tendencioso. Cuidado). Dessa forma, urge que medidas sejam tomadas para amenizar a problemática, que é motivada não só pela negligência estatal, mas também pelo escopo sociocultural.

Diante desse cenário, é crucial destacar a ineficácia do governo como um dos fatores contribuintes para a problemática. Sob essa perspectiva, a Constituição Federal de 1988, em seu Artigo 3º, assegura o bem de todos. Entretanto, a garantia sobredita apresenta-se deturpada, visto que, no que tange às questões fundamentais dos idosos, o poder público não adota medidas para assegurar o direito à dignidade, já que é ausente de políticas que visem à acessibilidade e à inserção nas diferentes esferas. Nessa concepção, tal situação ocorre porque o objetivo principal do sistema governamental é a detenção do poder e não o bem comum, o que contribui para a exclusão social. Sendo assim, é inadmissível que, em pleno século XXI, ainda haja a negligência sobre a importância dos direitos dos idosos que, além de submeter a sociedade a condições desumanas, priva as pessoas do básico, a exemplo do direito à vida. (Abordagem tangencial)

​​​​​​(Boa estratégia coesiva) Ademais, o escopo sociocultural é outra causa dessa adversidade. Conforme Friedrich Nietzsche, a desigualdade de direitos é a primeira condição para que haja direitos. Nesse contexto, os grupos mais vulneráveis socioeconomicamente sofrem por não terem acesso aos direitos à tutela adequada devido à histórica hierarquização da sociedade, o que leva não só a incorporação da discriminação nas políticas públicas e na própria família, mas também a falta de apoio durante a terceira idade. Por isso, é inaceitável a permanência da carga social com idosos sem uma abordagem humanizada, pois traz consequências graves, como o desrespeito à dignidade, à cidadania e o abandono, que podem comprometer a vida. (Reestruture)

​​​​​​(Boa estratégia coesiva) Infere-se, portanto, a necessidade da promoção dos direitos da população idosa no Brasil. Posto isso, para mitigar a problemática, cabe ao governo federal, por meio do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, a elaboração de políticas públicas que garantam não apenas a assistência básica na terceira idade, mas também a integralidade dos setores para a transição da atuação do idoso, a fim de tornar possível o desenvolvimento social adequado. Desse modo, espera-se construir uma sociedade mais justa e igualitária.