“Turma Da Mônica” E A Prática Persistente Do Bullying Nas Escolas Do Brasil - Banco de redações

Na série de quadrinhos “Turma da Mônica”, criada por Maurício de Souza, a personagem Mônica é constantemente alvo de ofensas físicas de Cebolinha e Cascão. Mônica sempre utiliza da violência para se defender do bullying, embora esta não seja a forma correta de lidar com a situação. Em uma analogia à realidade, é perceptível que o bullying é uma prática persistente em grande parte das escolas, principalmente nas brasileiras. Esta forma de agressão não surge ao acaso, tendo suas raízes ligadas ao ambiente familiar do agressor e as desigualdades sociais do país. (Muito bem. Formulou a tese)

Em primeiro plano, destaca-se que um ambiente familiar problemático potencializa ainda mais as chances de uma criança/adolescente praticar bullying. A música “Father To Son”, da banda Queen, retrata a transmissão do legado familiar entre as gerações, em que o pai passa seus ensinamentos ao filho. Em um paralelo, a música exemplifica a influência familiar na criação, em que a criança/adolescente busca se espelhar nos atos dos pais. Comportamentos incorretos vindos dos responsáveis quase sempre são reproduzidos pelos filhos, podendo tornar o jovem um praticante de bullying no ambiente escolar. Isto não prejudica somente os agressores, mas também as vítimas, que podem desenvolver inseguranças ou perpetuar o ciclo de violência causado pelo bullying. (Discussão pertinente, no entanto precisa ser delimitada e mais explorada)

​​​​​​(Boa estratégia coesiva) Outrossim, as desigualdades sociais também corroboram para a perpetuação do bullying nas escolas brasileiras. “Tem muita gente se queimando na fogueira, e muito pouca gente se dando muito bem”. Este trecho de “Tribos E Tribunais”, canção da banda Engenheiros do Hawaii, expõe de forma metafórica as consequências trazidas pela desigualdade social. A falta de oportunidades que alunos brasileiros acabam sofrendo na educação podem levá-los a se sentirem excluídos ou inferiores, causando sentimentos de comparação, inferioridade e revolta. A indignação e o sentimento de fracasso elevam as chances do aluno de se tornar um agressor, como forma de parecer superior, solidificando ainda mais o bullying e evidenciando a busca por soluções.

​​​​​​(Boa estratégia coesiva) Portanto, cabe ao Estado brasileiro, por meio do Ministério da Educação, reduzir a quantidade de potenciais agressores nas escolas. A efetivação pode ocorrer por meio de palestras e projetos realizados por profissionais adequados, que irão informar sobre o que é o bullying, conselhos para evitá-lo e formas de resolver o problema de forma adequada. A conscientização dos alunos sobre o bullying auxiliará na diminuição da prática de bullying no ambiente escolar, trazendo informações confiáveis e evitando que personagens como Mônica precisem utilizar-se da violência para se defender do bullying. (Proposta completa)