[Sem título] - Banco de redações

O conto "Maria", escrito pela renomada autora Conceição Evaristo, narra a história de uma mulher trabalhadora, mãe solteira, cujo pai de seu filho mais velho atua em operações criminosas, ausentando-se da família. Embora o texto seja fictício, quantas "Marias" não se fazem presentes em nossa sociedade, deparando-se com as dificuldades da dupla jornada de trabalho e da falta de apoio e reconhecimento em relação à criação dos próprios filhos. Desse modo, a origem da invisibilidade social da mulher é fruto de uma sociedade construída sobre o patriarcalismo histórico, originando-se em tempos coloniais, permanecendo no contexto da economia moderna, marcada pela industrialização, e estendendo-se até a atualidade.

Primeiramente, deve-se analisar o conceito de Patriarcalismo. Segundo o sociólogo Sérgio Buarque de Holanda, desde o período colonial o Brasil caracterizou-se pela figura do "homem branco" dono não somente de escravos, mas também de sua própria esposa e filhos. Sendo assim, a figura feminina fora subjugada historicamente, consequentemente, suas atividades de cuidado para com a família foram negligenciadas da relevância social, desconsiderando-se o devido prestígio e relevância perante a sociedade. (Melhore a apresentação da discussão)

(Boa estratégia coesiva) Por conseguinte, a modernização do país e de sua economia trouxe um novo problema social: a dupla jornada de trabalho feminina. As medidas modernizadoras de J. K na década de 50 promoveram um massivo êxodo rural e a consequente urbanização do país. Entretanto, o aumento do custo de vida obrigou milhões de brasileiras a ingressarem no mercado de trabalho, sendo responsáveis dessa maneira não somente pelas atividades de cuidado para com a família, mas também pelo sustento econômico de sua residência. Sendo assim, mesmo com os avanços tecnológicos e econômicos, não houve incremento do prestígio social da figura feminina, permanecendo a situação de opressão exercida pela sociedade machista.

(Boa estratégia coesiva) Portanto, considerando as estruturas históricas da invisibilidade feminina, assim como sua relevância no que diz respeito às estruturas sociais e econômicas, faz-se necessário que o Estado promova campanhas de conscientização, seja por meio da mídia ou pela divulgação em espaços públicos, referentes ao fundamental papel feminino no exercício das atividades de cuidado. Dessa forma haverá a possibilidade de proporcionar uma sociedade mais consciente e que saiba da importância da figura da mulher na sociedade brasileira. (Proposta completa)