21/11/2023 - Banco de redações

O documentário “Pro dia nascer feliz” (Vírgula) produzido em 2006 pelo cineasta João Jardim (Vírgula) retrata a violência nas escolas do Brasil em suas diversas formas. Na filmagem, fica evidente as agressões físicas, psicológicas, morais e patrimoniais sofridas por todos que estão envolvidos no ambiente escolar. Quase duas décadas depois, tal problemática mantém-se relevante em decorrência do aumento da violência nas escolas brasileiras que resultam de um sistema de ensino que perpetua mecanismos de hierarquia e controle de seus indivíduos e também não prepara seus profissionais para enfrentar essas adversidades. Dessa forma, cabe ao Estado intervir com ações de combate a essa situação de modo a promover uma educação eficaz.

Inicialmente, cabe destacar que o aumento de conflitos nas instituições de ensino do país é provocado pelo o autoritarismo predominante em salas de aula. A esse respeito, o sociólogo Émile Durkheim afirma que a escola deve funcionar como mecanismo secundário de socialização do indivíduo, sendo o primeiro a família. Para ele, a educação deve ser um trabalho de autoridade pautado no respeito, de modo a formar indivíduos que contribuam para a harmonia. social. No entanto, em algumas instituições do país ocorrem abusos pelos professores e coordenadores quando os alunos não cumprem as regras e os objetivos que devem ser atingidos por meio de notas nas avaliações periódicas, aplicando-se muitas vezes medidas coercitivas desproporcionais. Tal situação gera no aluno um sentimento de impotência e incapacidade e, em alguns casos, podem gerar retaliações pelos alunos às medidas aplicadas utilizando-se de violência física, depredação patrimonial da escola e dos bens de seus funcionários. (Delimite as discussões)

(Boa estratégia coesiva) Além disso, a falta de diálogo entre os alunos, suas famílias e a comunidade escolar como um todo e a ausência de preparo dos profissionais para lidar com essas situações também contribuem para a intensificação do problema. Nas escolas, as ocorrências muitas vezes são resolvidas sem o devido diálogo com o aluno e em poucos casos a família está presente no processo. Na maioria dos conflitos, há apenas a aplicação de penalidades sem a escuta devida levando o indivíduo a sentir-se deslocado e excluído, o que implica comportamentos agressivos (Melhore a apresentação da discussão). Dessa forma, observa-se a necessidade de uma educação mais acolhedora, conforme observado pelo filósofo brasileiro Paulo Freire em sua obra “Pedagogia da autonomia”. Para o autor, o processo de ensinar exige liberdade, disponibilidade para o diálogo e querer bem aos educandos. Assim, urge a necessidade de ampliar o diálogo entre os envolvidos no processo educativo.

(Boa estratégia coesiva) Dado o exposto, faz-se necessária a participação do Estado para frear o aumento da agressão nas escolas. Para isso, o Ministério da Educação – órgão responsável pela garantia da qualidade do processo educativo no Brasil – e as secretarias de educação devem realizar treinamentos para os profissionais das escolas com a participação da família e, inclusive, dos alunos, a fim de combater a violência. Assim, será possível a formação de indivíduos que, conforme Durkheim, possam contribuir ativamente para o bem-estar da coletividade. (Proposta completa)