Luta contra a transfobia na contemporaneidade brasileira - Banco de redações

Na série americana “Control Z” é mostrado a trama de Isabela, uma estudante que, devido a um ataque hacker, tem revelado em sua escola que é uma mulher transgênero e passa a presenciar uma dolorosa exclusão social. Fora da ficção, a vivência da personagem é um cenário recorrente para muitos brasileiros que diariamente lutam contra a transfobia, esta que perdura devido à falta de medidas governamentais eficazes para combater essa violência e o preconceito que reside na sociedade por conta da falta de representatividade dessas figuras nas mídias e espaços sociais. (Muito bem. Contextualizou o tema e formulou a tese) 

(Boa estratégia coesiva) Em primeira análise, é vital frisar a imobilização estatal perante a ineficácia legislativa influenciadora do quadro. Essa circunstância é visível em conjunturas como a Constituição federal de 1988, a qual declara como dever do Estado promover o bem de todos, sem qualquer tipo de discriminação ou preconceito sendo usados como motivos para exceções. Entretanto, é licito afirmar que, diante de um panorama crescente de transfobia no país, essas medidas não estão sendo aplicadas, expondo clara negligência governamental para com as leis e a população. (Explore mais as discussões)

(Boa estratégia coesiva) Em segundo plano, é necessário destacar a incoerência em lutar contra o preconceito exercido nesses cidadãos enquanto, como sociedade, não promovermos suas presenças nos cargos públicos, nas mídias e no dia-a-dia dia a dia brasileiro. Nas obras de animações infantis é frequentemente mostrado como a exclusão por conta de um preconceito é resultado de um julgamento incoerente, a exemplificar, no famoso filme “A Bela e a Fera” ao longo da trama os camponeses resolvem ir até o castelo de uma criatura, denominada como Fera, para matá-la, pois acreditavam que, por ser diferente dos demais, esta era um perigo para a população, entretanto, nenhum dos habitantes tentou entender ou incluir a criatura antes de qualquer julgamento, sendo revelado ao final da obra que ela não representava mal algum. Paralelamente, na contemporaneidade, vemos na população similar postura preconceituosa como empecilho para a inclusão de transgêneros. (Melhore a apresentação das discussões)

(Boa estratégia coesiva) Portanto, a partir do supracitado, é mister que o Estado e a comunidade brasileira reconheçam seu papel como perpetuadores da problemática e, em ordem de mudá-la, seja acionando o Ministério da Cidadania e (Vírgula) seja criando um projeto de lei, a ser entregue à Câmara dos Deputados, que exija o preenchimento de 30% das vagas universitárias e das empresas privadas sendo reservadas a ocupação de transgêneros em conjunto com palestras informativas anuais a respeito do tratamento e respeito a estes indivíduos e a criação de políticas que incluam punições para casos de transfobia no ambiente de trabalho e estudo, destarte, promovendo uma convivência saudável sem discriminações, garantindo que vivências como as Isabela se limitem a ficção.