Uma lenta caminhada - Banco de redações

      A educação brasileira iniciou-se de modo bastante restrita restrito, pois era promovida pelos jesuítas apenas para os filhos dos índios. Posteriormente, conforme as condições financeiras, a família passou a se responsabilizar pela educação. Somente a partir de 1930, a educação tornou-se acessível as às pessoas de classe baixa, incluindo neste contexto, negros, mulheres, índios e imigrantes. Mas, apesar dos investimentos na ampliação do acesso as às escolas, a qualidade do ensino não acompanhou o aumento da demanda.

      É importante ressaltar, que houve aumento do ingresso de alunos nas escolas, diminuição das taxas de evasão e maior inserção no ensino superior. Apesar destes avanços, o analfabetismo funcional ainda é uma realidade preocupante. Nessa situação o indivíduo consegue ler e identificar números, mas não é capaz de interpretar textos e realizar operações matemáticas mais complexas. Um dos fatores preocupantes é que grande parte dos analfabetos funcionais frequentam as escolas ou são universitários, o que demonstra a ineficácia dos métodos de ensino e baixa qualidade das escolas e universidades.

      Portanto, para melhorar a aprendizagem dos alunos, é necessário reavaliar os processos pedagógicos empregados nas salas de aula. Nota-se que ainda são utilizadas técnicas que foram praticadas no início da colonização pelos jesuítas. O método consistia em ouvir e repetir fielmente o que os sacerdotes ensinavam. Desse modo, o indivíduo não é incentivado a refletir, pensar e concluir sobre um assunto. A falta desse pensamento crítico compromete o desenvolvimento pessoal e social.

      Cabe também destacar que as escolas não estão habituadas a relacionarem os conteúdos das matérias com os eventos do cotidiano. As aulas são explicadas de forma mecânica, sendo este um possível motivo para a falta de interesse dos alunos. Além disso, como a escola é uma preparação para o trabalho formal, assuntos relacionados a esse ambiente deveriam ser empregados em discussões nas salas de aulas com temas relacionados a à cooperação, competição e objeções de carreiras.

      Diante dos fatos apresentados, fica evidente que apesar da significativa evolução no que se refere ao acesso à escola, o Brasil ainda necessita elevar os padrões de qualidade no ensino. É crucial que o Estado, professores e gestores atuem de modo a estimular o desejo de aprendizagem por meio de recursos tecnológicos, projetos, passeios escolares e atividades que envolvam o pensamento crítico do aluno. Portanto, a escola deve se tornar um espaço interessante, de conhecimento, flexível, dinâmico, ao mesmo tempo em que proporcione um reconhecimento do profissional desta área. Um ensino de qualidade é crucial para o desenvolvimento de um país, aumento de renda e qualidade da vida das pessoas.