O modelo educacional do Brasil tem se mostrado ineficaz em diversos âmbitos. Em 2013, o país registrou o assustador número de 13 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais (tendo ficado na posição de 8° país com o maior percentual de adultos que não sabem ler e/ou escrever). Além disso, as dificuldades na educação estão concentradas de forma intensa dentro das salas de aula: desinteresse dos alunos e desgaste do profissional da educação. A equação se torna exponencial quando o fator participação do governo contribui para a fragilidade do sistema em questão.
O contraste entre a rede pública e particular é a evidência mais clara de que o Brasil continua imerso na desigualdade socioeconômica, e isso se reflete indubitavelmente na educação. Há pouco tempo foi descoberto que um famoso colégio particular separa os alunos com notas altas do restante das turmas no intuito de alcançar bons resultados no Exame Nacional do Ensino Médio. Em contrapartida, muitas escolas públicas mal têm infraestrutura adequada para seu funcionamento. A qualidade do ensino público deve ser equiparada a uma escola particular.
É imperativo rever o sistema educacional que pouco se adaptou à Revolução Informacional a qual transformou o modo com que as pessoas lidam com a comunicação e as relações pessoais. Frente a isso, o uso de tecnologias promove maior interação na relação professor/aluno. Mas, sobretudo, a educação precisa ser personalizada, uma vez que os diversos tipos de inteligência existentes continuam sendo subestimados em detrimento de outros, desmotivando, desse modo, estudantes a se aplicarem aos estudos. A criatividade das crianças está sendo reprimida constantemente, e com o tempo a possibilidade do erro torna-se um impeditivo para se arriscar.
Por isso, a luta por um modelo de educação mais justo e democrático precisa da participação do governo e da sociedade como um todo. Maior incentivo aos professores, projetos de extensão para os alunos e uma grade curricular compatível com os diversos tipos de inteligência são alguns dos pontos para romper com os paradigmas educacionais. Logo, em meio a tantos jogos de interesse é preciso, pois, nunca perder de vista que a educação pode quebrar qualquer sistema opressor.
Comentários do corretor
Bom texto. Aborda o tema proposto de forma clara, objetiva, coerente, crítica e muito bem desenvolvida, além de demonstrar domínio da norma padrão.
Continue exercitando sua escrita.
Competências avaliadas
| Item | Nota | |
| Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 2.0 |
| Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 2.0 |
| Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
| Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 2.0 |
| Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 2.0 |
| NOTA FINAL: | 10 | |
| Saiba como é feito a classificação da notas | ||||
| 0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |