Ao longo da história, o homem sempre procurou facilitar as atividades diárias, dentre elas, a locomoção. Essa foi atendida pelos diferentes tipos de transportes, que cada vez mais se modernizaram para atender à expansão das cidades. O atual meio globalizado liga-se diretamente à capacidade de rapidez do transporte, no entanto, a mobilidade urbana, especialmente no Brasil, constitui um desafio, já que muitos fatores levam à desordem no ambiente social.
Em uma primeira analise, é indiscutível afirmar que o desenvolvimento dos transportes está ligado ao contexto histórico. No inicio do século XX, por exemplo, o automóvel ganhou destaque por facilitar a locomoção em um cenário de crescimento urbano dos países europeus. No Brasil, essa característica foi observada em massa após a década de 1950, quando o governo nacionalista de Juscelino Kubitschek priorizou a indústria automobilística, incentivando de forma bastante acentuada a compra de carros pela classe média. Isso possibilitou a demanda crescente pelas rodovias, de modo que o alargamento das ruas foi uma reforma inerente.
Com base nesse contexto, as consequências dessa política consumista se refletem nos dias atuais. O positivista Auguste Comte propõe que uma sociedade só atinge o progresso quando está organizada e, nesse sentido, a mobilidade urbana tende a se desestruturar por uma desordem no sistema. É visível que a precariedade dos investimentos contribue contribui nessa análise, sendo o congestionamento de vias e a consequente demora nos trajetos diários - o que insatisfaz a população - consequências. A deficiência dos transportes coletivos, base de atuações ambientalistas, e a falta de consenso entre motoristas intensificam, ainda, a desordem urbana.
Torna-se evidente, portanto, que a modalidade urbana brasileira tem na precária infraestrutura causas da desestruturação. Cabe, assim, ao Estado, através de sua função reguladora, intensificar investimentos nos transportes públicos, através de reforma ou compra de mais ônibus, diminuindo, então, o congestionamento. Mais sinalizações associadas à fiscalização do trânsito nas cidades movimentadas são alternativas viáveis à falta de consenso entre motoristas. Essa perspectiva deve ter na mídia e nas ONGs a integração populacional no que tange a corretos comportamentos no trânsito, de modo a garantir a ordem definida por Comte.
Comentários do corretor
Atenção à pontuação, à grafia correta das palavras e à concordância de número (singular e plural).
O texto aborda o tema proposto de forma clara, objetiva, coerente e crítica.
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Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 2.0 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.5 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.0 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 2.0 |
NOTA FINAL: | 8.5 |
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