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Seguindo a tendência das demais instituições, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul foi a 17ª federal do país a adotar um programa de ações afirmativas. Após tensos debates entre universitários e corpo docente, o projeto foi aprovado em 2007 pelo Conselho Universitário e passou a valer a partir do processo seletivo do ano seguinte.

Para fundamentar a proposta, a UFRGS realizou uma pesquisa com os ingressantes de 2006, cujos dados revelaram que apenas 6,35% dos 2.677 alunos se declaravam negros. A porcentagem é inferior à participação de negros na população gaúcha, que é de 12,8%.

De acordo com o projeto, 40% do total de vagas ficará destinado para estudantes que tenham feito pelo menos metade do ciclo fundamental e todo o Ensino Médio em escolas públicas. Metade destes postos são reservados cotistas autodeclarados negros. A UFRGS realiza ainda um processo seletivo específico para candidatos indígenas.

O candidato que desejar concorrer às vagas do sistema de ingresso por Reserva de Vagas, deverá assinalar sua opção no ato da inscrição. Neste caso, ele deverá assinalar uma das duas opções: candidato egresso do ensino público ou candidato egresso do ensino público autodeclarado negro.

O aprovado deve comprovar obrigatoriamente sua condição de egresso do ensino público quando do ato de matrícula, entregando à Comissão de Graduação (COMGRAD) do curso escolhido o certificado de conclusão e histórico escolar completo dos ensinos Fundamental e Médio.

Já os índios serão contemplados com dez vagas, a serem criadas nos cursos para os quais houver demanda e para a ocupação destes postos será sempre realizado um vestibular específico.

Até 2012, o sistema passará por reavaliações anuais, que indicarão se haverá necessidade de mudanças.

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