O carnaval não tem fim

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Carnaval é a primeira palavra que ouvimos quando dizemos “Brasil” em terras estrangeiras. E, de fato, parece que esta tem sido uma festa cada vez mais de gringos. Como se diz por aí: “é pra inglês ver”. É, digo isso porque há muito tempo venho ouvindo cada vez mais respostas negativas relacionadas ao carnaval. Joga aí na pesquisa “eu não gosto de carnaval” e “eu amo carnaval” e vocês vão ver só que o negócio ta mudando.

O porquê eu jamais me atreveria a dizer, mas imagino vagamente que tenha alguma coisa a ver com o fato de “carnaval” ser associado ao fator “bagunça”. Não que o brasileiro não goste de uma, mas para alguns deve ser mesmo muito estressante ter que mudar a rotina, se afastar dos centros “carnavalescos” e procurar paz e sossego no feriado que, na verdade, não é feriado coisa nenhuma. É que os feriados devem estar estipulados em lei Federal ou Estadual e, salvo engano, apenas no Rio de Janeiro a terça de carnaval é mesmo feriado. Portanto, nos outros estados o trabalho continuaria normal.

Mas, como esta festa já está incorporada em nossa cultura, fica difícil fugir de um ou dois dias de folga (se é que alguém quer fugir disto). Mas como era de se prever, carnaval é tempo de encher os bolsos de dinheiro: o turismo aumenta, o comércio ganha mais, as empresas aéreas enchem os cofrinhos e por aí vai. Só na Bahia, que tem em torno de 13 milhões de habitantes, a expectativa de turistas só no “feriado” de carnaval é de 300 mil, ou seja, 15% do número de pessoas que vivem em Salvador.

Tirando os carnavais de rua, comuns em vários estados do nosso país, o mais importante é, sem dúvida, o do Rio de Janeiro, com as escolas de samba desfilando na Marquês de Sapucaí durante dois dias. A expectativa para este ano é de 705 mil pessoas, que vão gerar uma receita para o estado de 500 milhões de reais. E a tendência não é diminuir, e sim, aumentar. A secretaria de turismo do Rio de Janeiro tem registrado um crescimento de 5% de turistas todos os anos.

A festa é linda, mas como tudo nesta vida, gera controvérsias. No Recife, a Igreja Católica entrou com um pedido para suspender a ação da Secretaria de Saúde do Estado de distribuir pílulas do dia seguinte no carnaval pernambucano. O Ministério Público Estadual rejeitou o pedido e aprovou a distribuição das mesmas.

Com polêmica ou não, o fato é que a renda que esta festa gera pro País é enorme e “Carnaval” é um dos vários itens da nossa cultura. Por isso eu penso que o carnaval nunca terá fim. E vocês: gostam de carnaval?

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