Pela ciência médica, sabemos que um jovem atinge uma maturidade psíquica muito antes dos 18 anos de idade. Diante disso, reduzir a maioridade penal no Brasil é, sem dúvida, uma boa maneira de diminuir o grande quadro de violência praticada por crianças e adolescentes. Embora que, por si só, essa redução não evitará crimes, ela(e sim) ajudará a diminuir o incentivo à prática do crime.
Diante dessa problemática, o fato é que a atual lei da menoridade penal incentiva, de certa forma, os jovens a praticar estes atos, pela impunidade gerada por ela: muitos “menores de idade” sentem-se no direito de praticar tortura, terrorismo, tráfico de drogas e crimes hediondos, por exemplo. Em 2013, tudo indica que a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) julgará a efetivação da redução da maioridade penal. No momento, três propostas de senadores estão em discussão, todas em um consenso de 16 anos a idade mínima de crimes.
No âmbito histórico da escravidão, todos os negros, independente de suas idades, eram subjulgados e condenados a pagar crimes e à tortura. Entretanto, na realidade do século XXI, vemos criminosos à mercê de julgamentos. Ambos os contextos, embora retratem realidades distintas, evidenciam o quanto nossas leis mudaram. A verdade é que a redução da idade penal precisa ser consumada, pois, segundo grande parte da população pesquisada pelo DataSenado (ao total, algo mais que 80%), a culpabilização dos jovens errantes deve ser um fato presente em nossa República Democrática de Direito.
Dessa maneira, reduzir a maioridade penal só por reduzir não contribuirá efetivamente para o fim do tráfico de drogas por jovens, por exemplo. Medidas como internar os jovens com acompanhamento de psicólogos, maior espaço para uma educação de qualidade nos presídios, uma cartilha da maioridade penal e campanhas de ação voluntária fariam com que o desenvolvimento mental dos nossos jovens não fosse desprezado.
Comentários do corretor
Você soube manejar muito bem suas ideias e para sustentar seus argumentos fez um belo uso dos dados históricos e retrospectivas. Mas,poderia ter dado enfâse ao seu paragráfo de conclusão,propondo mais soluções para a problemática.
Competências avaliadas
| Item | Nota | |
| Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 2.0 |
| Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.5 |
| Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
| Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
| Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 2.0 |
| NOTA FINAL: | 9 | |
| Saiba como é feito a classificação da notas | ||||
| 0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |