Arquitetura hostil e suas formas de exclusão social - Banco de redações


Arquitetura hostil: um debate importante sobre essa forma de exclusão social

Enviada em: 22/10/2024

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A arquitetura, enquanto disciplina que molda o espaço urbano, desempenha um papel fundamental na vida das sociedades contemporâneas. No entanto, a prática da "arquitetura hostil" tem gerado intensos debates sobre sua função social e suas implicações éticas. Essa abordagem de design, que visa dissuadir o uso de determinados espaços por certos grupos, particularmente pessoas em situação de vulnerabilidade, levanta questões fundamentais acerca da exclusão social e da responsabilidade dos arquitetos e urbanistas. (Melhore a contextualização)

A arquitetura hostil se manifesta de diversas formas, como bancos com divisórias para impedir que pessoas sem-teto se deitem, superfícies inclinadas em vãos de prédios para evitar o acampamento e até mesmo o uso de iluminação excessiva para inibir a permanência em praças e parques. Tais características revelam uma intenção clara de excluir, ao invés de incluir, criando ambientes que não acolhem a diversidade de usuários. Isso é particularmente preocupante em uma sociedade que se pretende inclusiva e justa.
Um dos principais argumentos contra a arquitetura hostil é que ela reflete uma visão míope e punitiva da urbanidade. Em vez de tratar as causas da exclusão social, como a falta de moradia, desemprego e desigualdade econômica, essa prática simplesmente desloca os problemas para longe da vista. A consequência é a marginalização ainda maior de populações vulneráveis, que são empurradas para as periferias, tanto fisicamente quanto socialmente. Essa abordagem não promove soluções, mas sim um ciclo de invisibilidade e exclusão. (Delimite as discussões)

(Boa estratégia coesiva) Além disso, a arquitetura hostil pode ter um impacto negativo em toda a comunidade. Espaços públicos que são projetados com a intenção de afastar determinados grupos sociais tornam-se menos acolhedores para todos. A falta de diversidade e vida nas ruas pode resultar em ambientes urbanos que não favorecem a convivência e o fortalecimento de laços comunitários. Cidades planejadas dessa forma tendem a se tornar frias e desumanizadas, afetando o bem-estar de seus habitantes e a qualidade de vida urbana.

O debate sobre arquitetura hostil também toca em questões éticas e de responsabilidade profissional. Arquitetos e urbanistas têm o dever de usar seu conhecimento para criar ambientes que promovam a inclusão e a equidade. A prática de projetar espaços que, deliberadamente, excluem indivíduos ou grupos é um desvio dos princípios éticos que deveriam guiar a profissão. Ao invés de se render à lógica da exclusão, é imperativo que os profissionais busquem soluções criativas e inovadoras que promovam a acessibilidade e o acolhimento.

(Boa estratégia coesiva) Por outro lado, a discussão sobre arquitetura hostil também nos leva a refletir sobre o papel da sociedade na construção de cidades mais justas. É necessário engajar a população em um diálogo sobre como os espaços urbanos são moldados e quais valores eles refletem. A participação cidadã é fundamental para garantir que as vozes de todos os grupos sejam ouvidas e consideradas no processo de planejamento urbano.

(Boa estratégia coesiva) Em síntese, a arquitetura hostil representa uma forma preocupante de exclusão social que deve ser amplamente debatida. Combater essa prática requer um esforço conjunto de profissionais, policymakers e cidadãos para promover a inclusão e o respeito à diversidade. Somente assim poderemos construir cidades que verdadeiramente acolham todos os seus habitantes, respeitando a dignidade humana e favorecendo o bem-estar coletivo. A transformação dos espaços urbanos deve ser guiada pela empatia e pela responsabilidade social, criando ambientes que inspirem convivência e solidariedade em vez de exclusão e hostilidade. (Não apresentou a proposta completa)

Comentários do corretor


Lembre-se: há um limite de 30 linhas para desenvolver as discussões. Combinado? Bom estudo! 


Competências avaliadas


Competência Nota Motivo
Domínio da modalidade escrita formal 200 Nível 5 - Demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita serão aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizem reincidência.
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa 120 Nível 3 - Desenvolve o tema por meio de argumentação previsível e apresenta domínio mediano do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão.
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista 120 Nível 3 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, limitados aos argumentos dos textos motivadores e pouco organizados, em defesa de um ponto de vista.
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação 200 Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos 120 Nível 3 - Elabora, de forma mediana, proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.
NOTA FINAL:     760


Veja abaixo a nota relacionada a cada nível
Nível 0 Nota 0
Nível 1 Nota 40
Nível 2 Nota 80
Nível 3 Nota 120
Nível 4 Nota 160
Nível 5 Nota 200