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Arquitetura hostil: um debate importante sobre essa forma de exclusão social

Enviada em: 03/10/2024

Status:

Corrigida
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Conforme apontou Zygmunt Bauman, “não são as crises que mudam o mundo, e sim nossa reação a elas”. Ao associar tal reflexão com o panorama nacional, observa-se que a população, ao se distanciar de uma participação ativa na sociedade, enfraquece as reações necessárias para combater a arquitetura hostil no Brasil. Nesse sentido, a atuação cidadã torna-se crucial para a transformação social. Dessa forma, é essencial analisar os fatores que sustentam essa problemática, como a negligência governamental e a desinformação social. (Muito bem. Contextualizou o tema e formulou a tese)

Sob esse viés, nota-se a omissão estatal em implementar políticas efetivas voltadas para esse urbanismo excludente, o que perpetua a precariedade de soluções para o fator alarmante. Segundo o filósofo inglês, Thomas Hobbes, é dever do Estado garantir a segurança e o bem-estar da nação. Entretanto, essa premissa não se concretiza no Brasil, visto que as autoridades não oferecem propostas que, eventualmente, visem a melhoria dessa margem da população mais vulnerável em situações de ruas. Dessa maneira, infere-se, como resultado, o impacto negativo à saúde mental dessas pessoas marginalizadas, gerando a sensação de rejeição e perpetuando a exclusão social. Logo, não é justo que políticas públicas efetivas de acolhimento seja um privilégio de poucos, pois, congruente a Hobbes, a proteção e a comodidade da sociedade são responsabilidades fundamentais do governo.

(Boa estratégia coesiva) Ademais, o déficit de informação sobre a temática é outra barreira significativa para a solução do problema. A Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011) assegura o direito de todos os cidadãos ao acesso a dados e informações produzidos pela administração pública. No entanto, a falta de transparência e a burocracia dificultam o pleno exercício desse direito, perpetuando a desinformação social. Sob essa ótica, a ausência de clareza nos dados contribui para a manutenção da discriminação desses indivíduos, uma vez que a população não tem subsídios para compreender que a falta de debates sobre essa exclusão contribui para a aceitação dessa prática. (Argumento pertinente. Apresente-o de modo mais produtivo) Dessa forma, é injusto que a desinformação impeça o enfrentamento dessa questão e promova a inação social.

​​​​​​​(Boa estratégia coesiva) Infere-se, portanto, que é essencial a atuação estatal e social para tais obstáculos serem revertidos. Dessa forma, cabe ao governo federal, em parceria com a mídia, agente responsável pela propagação de informações, lançarem campanhas de conscientização por meio de programas televisivos e redes sociais com o intuito de sensibilizar a população sobre a importância do acolhimento a pessoas em situação de arquitetura opressiva. A mídia, com seu alcance e influência social, pode promover projetos de urbanismo humanizado a fim de excluir a banalidade diante do exposto, e conseguinte o governo federal deve dirigir benefícios de acesso à habitação para garantir moradia acessível a essa porção da sociedade brasileira. Dessa maneira, colocaria em prática a visão de Bauman, de modo que a reação ás crises resultaria em melhorias na comunidade. (Proposta completa)

Comentários do corretor


Mantenha os aspectos positivos. Bom estudo! 


Competências avaliadas


Competência Nota Motivo
Domínio da modalidade escrita formal 160 Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita.
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa 200 Nível 5 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo.
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista 160 Nível 4 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista.
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação 200 Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos 200 Nível 5 - Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.
NOTA FINAL:     920


Veja abaixo a nota relacionada a cada nível
Nível 0 Nota 0
Nível 1 Nota 40
Nível 2 Nota 80
Nível 3 Nota 120
Nível 4 Nota 160
Nível 5 Nota 200