No livro "The Anxious Generation" (A Geração Ansiosa), o psicólogo Jonathan Haidt afirma que o celular é um bloqueador de experiências. De maneira análoga, as crianças na atual conjuntura brasileira utilizam em excesso as telas, em vez de buscarem novas experiências. Nesse contexto, destacam-se dois aspectos importantes: a negligência parental e a omissão estatal. (Formulou a tese)
Diante desse cenário, percebe-se que a causa do problema está intimamente relacionada com a negligência parental. Conforme a pesquisa do Panorama Mobile Time/Opinion Box, as crianças brasileiras com acesso a celulares passam, em média, três horas e cinquenta e três minutos online. Posto isso, evidencia-se que a juventude está superconectada, pois os genitores não impõem limites de acesso, permitindo que elas fiquem horas conectadas, prejudicando a saúde mental. Por isso, enquanto não houver uma intervenção dos responsáveis, haverá indivíduos ansiosos. (Reestruture essa discussão)
(Boa estratégia coesiva) Outrossim, é notório que a omissão estatal é um entrave para o enfrentamento da temática. A esse respeito, o sociólogo Zygmunt Bauman desenvolveu o conceito de "instituição zumbi", segundo o qual instituições como o Estado, apesar de existirem, perderam a sua função. Deste modo, o poder público perdeu seu papel em garantir o bem-estar dos indivíduos, já que não exige das novas tecnologias uma restrição de utilização para crianças, deixando-as à mercê desses artifícios.
(Boa estratégia coesiva) Diante dos fatos supracitados, torna-se indubitável a continuidade do impasse. Nesse contexto, cabe aos pais e responsáveis legais das crianças promoverem brincadeiras ao ar livre, a fim de limitar o abuso das telas. Ademais, o Estado, órgão regulador da comunidade, deve mobilizar as redes digitais, por meio de processos judiciais, para que contas de crianças de até doze anos sejam restringidas, com o intuito de mitigar casos de pessoas em tenra idade ansiosas. Feito isso, a sociedade terá crianças mais saudáveis e com novas experiências de vida. (Proposta completa)
Comentários do corretor
Mantenha os aspectos positivos. Não deixe de exercitar a sua escrita.
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 200 | Nível 5 - Demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita serão aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizem reincidência. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 200 | Nível 5 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 160 | Nível 4 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 200 | Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 200 | Nível 5 - Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 960 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |