Em “O Triste Fim de Policarpo Quaresma”, romance escrito por Lima Barreto, escritor (Ideia evidente no período anterior), é retratado um terrível paradoxo: na cidade do Rio de Janeiro, (Sem vírgula) vê-se, de um lado, a construção de uma moderníssima ferrovia, enquanto que do outro[lado] se presencia um grande aglomerado de casebres insalubres, em cujo interior residem famintos miseráveis. Não muito diferente dessa narrativa, no atual momento brasileiro, semelhante paradoxo social salta aos olhos, personificado na figura da fome que aflige multidões, oriunda, principalmente, da má distribuição de renda e da ausência de políticas públicas efetivas.
Na época em que escrevia seu romance, (Sem vírgula) Lima Barreto presenciava de perto a concentração de riquezas nas mão dos senhores de café: muitas pessoas trabalhavam para ganhar ínfimos salários, ao mesmo tempo que poucos – os barões – viam seus dividendos aumentarem. De semelhante modo, a estrutura capitalista brasileira atual, na figura das grandes empresas, enriquece exponencialmente e, ao mesmo tempo, impede que a grande massa também enriqueça à mesma proporção, impossibilitando esta última de desfrutar dos bens que ela mesma produz, coisa que faz perpetuar a desigualdade social. (Ideias pertinentes, no entanto precisam ser delimitadas e mais articuladas)
Outrossim, deve-se levar em conta a omissão governamental em não criar medidas que acabem com a já citada concentração de renda e que ponham um fim ao problema da fome. Isso é percebido quando, à semelhança da política governamental implementada do Rio de Janeiro de Lima Barreto, o Governo dirige investimentos a finalidades quaisquer, e não à necessidade real: a miséria de muitos, deixando de criar políticas públicas, desleixo que deve ser suplantado. (Evite esse tipo de construção. Articule mais as ideias apresentadas)
Nesse sentido, com vista a combater a problemática da fome e alcançar a isonomia social, deve o Poder Legislativo criar leis que impossibilitem a acumulação de capitais por parte das grandes empresas, fazendo com que estas apliquem suas riquezas em investimentos que gerem empregos, proporcionando, assim, distribuição de renda. Ao mesmo tempo, com a arrecadação de impostos, o Governo Federal deve auxiliar financeiramente, (Sem vírgula) até que consigam empregar-se, as pessoas em situação de miséria, combatendo tamanho problema. (Reestruture a proposta de intervenção)
Comentários do corretor
As discussões apresentadas ao longo do texto são pertinentes, no entanto precisam ser delimitadas e mais articuladas. Não deixe de exercitar a sua escrita.
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 100 | Nível 3 - Demonstra domínio mediano da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com alguns desvios gramaticais e de convenções da escrita. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 200 | Nível 5 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 150 | Nível 4 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 150 | Nível 4 - Articula as partes do texto com poucas inadequações e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 150 | Nível 4 - Elabora bem proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 750 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |