O homem e suas fronteiras - Banco de redações

Quando o cientista Isaac Newton afirmou que construímos muros demais e pontes de menos, explanou a necessidade dos problemas da humanidade serem solucionados coletivamente e sem inimizade ou rancor. Contudo, atitudes egoístas são observadas entre as nações quando se discute a necessidade de resgate e acolhimento dos refugiados da guerra da Síria e de outros países em conflito, como Iraque e Afeganistão. (Apresente a tese)

Constantemente, muitos refugiados desses países têm arriscado uma perigosa travessia clandestina em embarcações superlotadas para chegar à Europa e assim fugirem das guerras, da pobreza e da repressão religiosa e política. Dessa forma, quando os barcos apresentam problemas e não há ajuda por perto, as pessoas se afogam no Mar Mediterrâneo. Exemplifica tal situação uma foto divulgada pelos jornais que chocou a população mundial: um menino sírio foi encontrado morto em uma praia da Turquia após o naufrágio de uma embarcação de refugiados. (Discussão limitada)

Ademais, muitas são as dificuldades de acolhimento desses refugiados e, inicialmente, a União Europeia estabeleceu uma política de cotas de imigração. Todavia, vários países estão revendo o acordo para conter o fluxo migratório, já que uma parte da população não se sente confortável por entender que a presença desses imigrantes aumentam as chances de ataques terroristas e ocupa empregos e benefícios sociais. Desse modo, a intolerância tem aumentado contra os expatriados e isso pôde ser observado na Hungria, que tentou evitar a chegada dos refugiados construindo um muro de arame farpado na sua fronteira com a Sérvia.

Fica evidente, portanto, a necessidade de uma ação conjunta de todos os países com o objetivo de melhorar as condições de fuga e acolhimento dos refugiados. Para isso, é necessário intensificar as operações de resgate no mar, investindo em um maior monitoramento com navios, aviões e pessoas. Outrossim, campanhas educativas devem ser promovidas nas escolas e nos meios de comunicação para conscientização dos cidadãos de que esses imigrantes se deslocam por necessidade de sobrevivência e não devem ser recebidos por razões econômicas, mas humanitárias.