Em tempos de crise - Banco de redações

É sabido que a economia brasileira está passando por uma grave crise, ratificada, por exemplo, pelo alto valor da inflação e pela contração do produto interno bruto (PIB) esperados pelo Banco Central para este ano. Tal situação de instabilidade reflete na economia doméstica, que passa a necessitar de maior atenção por parte dos brasileiros, visto que o endividamento é perigo iminente.

Entretanto, controlar os gastos pode ser uma tarefa difícil, haja vista que a situação econômica da maior parte dos brasileiros melhorou na última década - o aumento do poder aquisitivo da classe C é um exemplo -, o que fez com que, pela primeira vez, essa parcela da população pudesse desfrutar de bens supérfluos.

Vale ressaltar também que a cultura do consumismo é mais um fator que dificulta a desaceleração dos gastos familiares, visto que esta cobra um padrão de vida, o que faz com que muitas famílias ultrapassem o orçamento para adequar-se a ele, sob pena de marginalização. O resultado dessa imprudência nos gastos é revelado nos dados do Banco Central: no que tange ao endividamento das famílias brasileiras, 46% é o número apresentado em julho deste ano.

Portanto, fica claro que em tempos de crise o corte de gastos é fundamental, do contrário, a inadimplência é certa. Uma das principais dicas de economistas, que podem ser encontradas em uma busca rápida na internet, é registrar todas as despesas; criar metas para os gastos; abandonar os cartões de crédito; estar preparado para despesas emergenciais.

A palavra de ordem, portanto, é economizar; e esperar para retornar aos hábitos consumistas quando a economia se reerguer e o risco de endividamento estiver distante. Assim, evita-se estresse, ansiedade e outros males decorrentes do mau uso do dinheiro.