Em meio aos momentos de instabilidade intrínsecos à economia capitalista, a sociedade tem buscado adaptar-se, sobretudo no âmbito doméstico, no qual os impactos são sentidos corriqueiramente. Nesse sentido, destaca-se o atual contexto de crise brasileira, em que famílias tentam obter condições de sobrevivência diante de uma competição coletiva. Essa situação, então, reflete as ideologias, essencialmente, meritocráticas e consumistas, pois desigualdades são agravadas, devido a à existência de um poder simbólico exercido por uma classe dominante.
Historicamente, é possível constatar diversas oscilações desencadeadas no mercado brasileiro. Partindo dessa premissa, analisa-se o governo de José Sarney, em que cidadãos intitulavam-se como “fiscais de Sarney”, para exigir dos estabelecimentos a cobrança dos preços tabelados. Esses e outros exemplos demonstram como a alta inflação pode mobilizar a sociedade em prol de melhorias. No entanto, ainda hoje, a segurança financeira está suscetível a mudanças, de modo que é comum a pesquisa de preços e a preocupação com o endividamento.
Convém salientar que a família constitui uma instituição social estabelecida sob vínculos afetivos e, também, econômicos. Isso porque, ao estruturar relações em grupo, indivíduos buscam sobreviver em meio a uma sociedade egoísta, que em momentos de crise agrava ainda mais esse processo de exclusão. Prova disso reside na elevação das taxas de desemprego e no custo de vida. Essa situação pode ser entendida pelos pressupostos do filósofo Thomas Hobbes, os quais apontam o homem como o lobo do homem, na guerra de todos contra todos.
Outro aspecto a ser destacado diz (relaciona-se) ao fato de a crise ser manifestada de maneira heterogênea. Nessa perspectiva, é importante salientar a existência de uma hierarquização, pois as classes sociais detentoras do poder econômico manipulam o mercado para adquirir lucro, enquanto grande parte das famílias sofre com a carestia. Por conta disso, o governo tem tentado intervir, no entanto, em muitos casos, o próprio quadro de instabilidade foi agravado pelo mau planejamento estatal.
Portanto, é notório que a economia doméstica é afetada pelo contexto nacional, em crise. Dessa forma, para que haja uma melhoria, é necessária uma mobilização social, para planejar o orçamento familiar e perceber sua real situação econômica. A partir disso, pode-se exigir do governo políticas públicas que visem reduzir os preços dos produtos de primeira necessidade e conter o desemprego, por meio de subsídios. Além disso, a propagação do altruísmo pode ajudar no convívio harmônico, a fim de combater a desigualdade.
Comentários do corretor
Atenção à pontuação, ao emprego da crase e à coesão frasal.
Bom texto. Aborda o tema proposto de forma clara, objetiva, coerente, bem desenvolvida e crítica.
Continue exercitando sua escrita.
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 2.0 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 2.0 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 2.0 |
NOTA FINAL: | 9.5 |
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