- Banco de redações

Nanuque, 09 de abril de 2010

Vossa Excelência,

Venho com o intuito não de interceder a favor o polemico casal Nardoni, mas sim com o propósito de apresentar fatos e subsídios para uma segunda análise. Desmistificando dessa forma o “casal monstro” criado pela mídia.

Muito antes da sentença dada pelo júri a imprensa já tinha seu veredito e o impunha para quem se disponibilizasse a ver, escancarando seu ponto de vista. Em programas vespertinos, principalmente, a imparcialidade era reinante e absoluta, inúmeros especialistas foram chamados a fim de acusar o casal Nardoni publicamente oferecendo informações e opiniões que não são totalmente conclusivas abrindo brechas para questionamentos e duvidas, contudo estas não foram devidamente exploradas e nem adequadamente expostas.

Dois anos após o crime já durante julgamento coube então a Roberto Podval o papel de “advogado do diabo” e o trabalho de desmistificar o mito Nardone não foi fácil, mas ainda assim ele conseguiu expandir as possibilidades, explicou fatos que antes eram tidos como indiscutíveis. Levou amigos e familiares de ambos que foram categóricos ao alegar o comportamento amoroso do casal, enfocou o fato de não nunca terem tido uma ficha criminal, além de não terem motivo algum para cometer o assassinato.

Vê-se, por tudo isso, que recorrer à sentença em liberdade é completamente cabível e até aconselhável, uma vez que o casal não tem ficha criminal, nem oferece risco à sociedade. Não se esquecendo do fato de que as provas apresentadas não são cem por cento irrefutáveis já que abrem margem para especulações e interpretações.