O que vou ser quando crescer?

Uma das perguntas que mais fazem parte da vida de crianças e adolescentes pode ter sua resposta no autoconhecimento.
Por Gabriele Pires Alves

Sonhos de criança podem não ser viáveis. A decisão pela profissão só vem com o amadurecimento
Sonhos de criança podem não ser viáveis. A decisão pela profissão só vem com o amadurecimento
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Quando criança, sabemos ao certo o que queremos ser quando crescer: bailarina, jogador de futebol ou pop star. Embora essas opções pareçam ser definitivas, o amadurecimento nos faz perceber que as fantasias da infância não nos levariam a lugar algum.

Possivelmente, o desejo de ser bailarina não era calcado na rotina de dedicação integral e cansativa dos ensaios e atividades físicas, mas no glamour das roupas e maquiagem e na possibilidade de ganhar a vida dançando. Ser jogador de futebol parecia ser divertido aos olhos dos garotos. Quer coisa melhor que ficar rico e famoso para “brincar” de jogar bola? E ser um astro pop, então? Aparecer na televisão, viver rodeado por uma multidão de fãs, fazer shows pelo mundo iluminado por grandes holofotes é a fantasia de quase toda criança, mas com o amadurecimento esses devaneios dão lugar a uma perspectiva real: agora é preciso decidir, de fato, a carreira a seguir.

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Autoconhecimento

Nem todos têm facilidade para uma escolha imediata. Para decidir a melhor profissão a ser seguida é preciso, antes de tudo, se conhecer melhor. O autoconhecimento nos possibilita balizar nossas vontades. Podemos ter várias carreiras em mente, mas o caminho certo, aquele que trará felicidade e sucesso profissional, só vem quando nos conhecemos. É preciso fazer previsões. Será que daqui a três ou trinta anos estarei feliz lidando com os assuntos próprios da profissão que tanto me empolgam hoje?

Leia também: Como não errar na escolha da profissão

A carreira, é claro, tem de proporcionar diversão. Um profissional que trabalha de bem com a vida rende mais e se sente realizado. Em contrapartida, aqueles que embarcam em uma carreira somente pela possibilidade de ascensão social podem acabar frustrados e sem dinheiro por não se destacar no mercado de trabalho. O ganha-pão tem de unir habilidade e sustentabilidade. De nada adianta sonhar com algo que não é possível ser transformado em atividade profissional.

O amadurecimento é o principal aliado na hora de definir a carreira. É claro que os outros, principalmente a família, vão dar um palpite aqui, outro ali. Porém, o que faz a diferença é a sua capacidade de captar as sugestões construtivas e descartar as especulações. Você pode ouvir: “o mercado para essa profissão está saturado”, “não se ganha bem”, “é difícil conseguir emprego”. Não dê ouvidos! Se você fez uma opção madura e calculada, vá em frente. Ninguém é dono da verdade. A opinião de outra pessoa sobre a profissão que você deseja seguir pode ser, sim, diferente da sua. Afinal, o grande número de carreiras existe para agradar a gregos e troianos.

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Decisão

Se o problema é a decisão, faça o seguinte exercício:

Pensar no futuro local e condições e trabalho ajuda a afunilar o leque de possibilidades que você cogita.

Lembre-se, preferências mudam com o tempo. Pode ser que você sempre tenha desejado uma profissão, mas em algum momento tenha chegado a pensar em outra. Talvez a afinidade com a carreira dos sonhos fale mais alto, mas, se isso não acontecer, tenha coragem de arriscar, considere o momento do setor escolhido e faça estágio se for possível; a experiência traz conhecimento do mercado e vivência profissional.

A convivência com um profissional da área almejada também é uma boa chance para se decidir. O dia-a-dia da carreira, os aspectos positivos e negativos só podem ser falados com propriedade por quem já trabalha no setor. Outra indecisão pode vir da semelhança de cursos da mesma área, como Jornalismo, Publicidade e Relações Públicas. A saída pode estar na leitura dos currículos dos cursos, na visita às universidades que oferecem as graduações e, principalmente, em uma boa conversa com profissionais graduados.