A Justiça Federal concedeu direito a três alunos do Rio de Janeiro de terem acesso à correção das suas redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2011. Além disso, se for comprovado erro de correção, eles poderão ter a revisão da nota.
Os três são candidatos à Medicina e estudantes exemplares, dois deles já receberam a cópia de suas produções corrigidas. Um deste teve a sua nota zerada, pois teria fugido ao tema proposto. Porém, professores consultados afirmam que não houve fuga à temática.
Essas decisões foram tomadas com urgência em virtude das inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (SiSU) começarem a meia noite deste sábado, 07 de janeiro. Para a juíza de plantão, Márcia Maria Nunes de Barros, o "receio de dano irreparável ou de difícil reparação é evidente".
Ações
Nesta quarta-feira, 04 de janeiro, também houve um caso de revisão de nota da redação. Um estudante de São Paulo teve a sua nota alterada de zero para 880 pontos após pedir para ver sua prova através de ação na Justiça.
Na última segunda-feira, dia 02, o Ministério Público Federal, no Ceará, (MPF-CE) pediu à Justiça Federal para que a nota da redação do Enem 2011 não fosse considerada na pontuação dos candidatos que irão participar do SiSU e, ainda, que os critérios de correção das provas objetivas fosse explicitado. Porém, ambos os pedidos foram negados.
Ontem, dia 05, o procurador da República Oscar Costa Filho, do MPF-CE, fez nova solicitação à Justiça, para que seja garantida a matrícula de todos os alunos prejudicados pelo critério de avaliação da redação do Enem. Foi anexado ao pedido um estudo técnico fornecido pelo professor Leonardo Cordeiro, do Rio de Janeiro. Neste documento conclui-se que é questionável a mistura das duas notas de forma livre e sem qualquer calibração.
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Por Dayse Luan