Redação no Enem – Parte II

Por Vânia Maria do Nascimento Duarte

A Redação no Enem pressupõe o conhecimento do código linguístico, aliado ao conhecimento de mundo do aluno (as ideias formuladas em torno de um dado a
A Redação no Enem pressupõe o conhecimento do código linguístico, aliado ao conhecimento de mundo do aluno (as ideias formuladas em torno de um dado a
Imprimir
Texto:
A+
A-
PUBLICIDADE

Alguns aspectos, uma vez elencados na primeira parte do artigo, dizem respeito à construção textual. Assim, procurando dar continuidade à nossa discussão, seguimos com os demais aspectos a serem observados, todos de igual importância:

* A leitura da coletânea, evidenciada por meio de uma linguagem verbal e não verbal, representa o passo inicial de sua produção, pois ela retratará o tema a ser desenvolvido na redação, bem como proporcionará subsídios linguísticos que reforçarão ainda mais seus argumentos.
Dessa forma, procure atentar-se bem a ela, lendo-a na íntegra e seguindo-a do início ao fim, pois a fuga ao tema incidirá em resultados negativos, até mesmo a pontuação zero.

* Outra questão diz respeito à performance de seu texto, a começar pela margem. Como deve ser o espaçamento do parágrafo?

Eis que prevalece aí o bom senso em você deixar bem claro para o corretor que exatamente num dado local inicia-se uma ideia. Ao final da linha é importante também se manter atento(a) quanto à correta separação das sílabas.Confira mais informações em: Como as sílabas se separam)   

Ainda em se tratando dos parágrafos, procure ser comedido(a) ao construí-los, de modo a evitar que eles fiquem muito extensos. Tal fato, além de denotar uma má organização das ideias, acaba dificultando o entendimento do leitor a respeito do que você quis dizer. Como se trata de um texto dissertativo, torna-se conveniente nos conscientizarmos de suas partes principais, retratadas pela introdução, desenvolvimento e conclusão. Nesse sentido, devemos fazer com que os parágrafos sejam distribuídos de forma a atender esses aspectos fundamentais, sempre nos pautando pela quantidade de linhas pontuadas nas instruções, as quais devem ser seguidas de forma criteriosa.

* Para se fazer entender é preciso, antes de tudo, expressar-se bem. Mas de que forma?

Toda construção textual precisa estar calcada em outros dois elementos fundamentais: a coesão e a coerência. A coesão representa os recursos linguísticos responsáveis pelas ligações que se estabelecem entre os termos de uma frase, entre as orações de um período ou entre os parágrafos de um texto, de forma a torná-lo harmonicamente bem construído e agradável à leitura. Dessa forma, obtenha mais informações por meio dos textos: Como tornar um texto coeso   
e Texto escrito.

A coerência refere-se à apresentação das ideias, estando essas de acordo com o gênero textual, com o conhecimento de mundo do leitor e com a própria lógica interna do texto. Confira um pouco mais em: Coerência

* Como já mencionado, um texto dissertativo deverá constar de três partes básicas, uma vez materializadas pela:

- Introdução – representa a parte do texto em que o emissor apresenta brevemente o assunto sobre o qual irá discorrer, chamando a atenção do leitor para a sua efetiva importância;

- Desenvolvimento – distribuído de forma precisa, representa a parte mais extensa do texto, na qual as ideias serão desenvolvidas, os argumentos expostos de forma contrária ou a favor, tendo como finalidade principal a persuasão, o convencimento do interlocutor acerca das ideias então defendidas. Para tanto, faz-se necessário que esses argumentos estejam pautados em bases sólidas. Dessa forma, “achismos” são totalmente dispensáveis. Nesse sentido, o emprego de uma linguagem objetiva, redigida na 3ª pessoa do singular, clara e convincente, representa fator preponderante.

- Conclusão – refere-se à parte final do texto, representando o fechamento de todas as ideias e os argumentos abordados anteriormente.

Quando se fala em convencer o leitor acerca do posicionamento defendido pelo autor do texto, tal ocorrência se refere aos muitos recursos linguísticos utilizados com base em verdades inquestionáveis, como por exemplo, dados estatísticos, pronunciamentos de pessoas renomadas, comparações, analogias, raciocínios constituídos de uma relação de causa e consequência, enfim, entre tantos outros que corroboram para que tal intento seja perfeitamente concretizado.

Levando em conta essas atribuições, esperamos ter contribuído para o aprimoramento de seus conhecimentos acerca de como proceder mediante uma construção textual concebida de forma plausível. Desejamos a você um bom desempenho e, sobretudo, que consiga alcançar seus reais objetivos!