O horário de verão: ame ou odeie

Na madrugada do dia 14 para o dia 15 de outubro, brasileiros de três regiões do país tiveram que adiantar seus relógios em uma hora
Em 27/10/2017 10h53 , atualizado em 27/10/2017 12h30 Por Érica Caetano

Muitos alegam pouca produtividade nos estudos devido ao horário de verão
Muitos alegam pouca produtividade nos estudos devido ao horário de verão
Crédito da Imagem: Shutterstock
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Todo ano ele aparece como quem não quer nada e logo você está “perdendo”, ou melhor, adiantando uma hora do seu relógio e acordando meio que não entendendo muito bem o por quê das horas estarem passando tão depressa.

Estou falando do nosso querido amigo (não tão querido para alguns), horário de verão, que este ano teve início na madrugada do dia 14 para o dia 15 de outubro. Sim, ele é um caso de amor e ódio na vida dos brasileiros. Muitos alegam que com ele o dia rende muito mais, é ótimo sair da aula ou trabalho com a sensação do dia claro ainda. Em contrapartida, outros o odeiam por ter que levantar com o dia ainda escuro e ter aquela sensação de que nem amanheceu direito e você já está de pé.

Quando foi criado?

O horário, que divide opiniões no que diz respeito a sua efetividade, foi criado em 1985 e adotado pela primeira vez em 1916, na Alemanha, com o intuito de diminuir os gastos do país com combustível, utilizado para a produção de energia elétrica durante a 1ª Guerra Mundial.

No Brasil, a medida foi decretada no governo Vargas, em 1931 e para todo o terrítorio nacional. No entanto, atualmente ele está em vigor somente nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. No total, 10 estados e o Distrito Federal utilizam o horário de verão. Somando, são 130 milhões de pessoas afetadas.

Prós x contras

A lista de vantagens é extensa e a principal inclui a economia de energia. Essa inclusive é o objetivo pelo qual o horário foi criado, já que seria utilizada por mais tempo a luz natural durante o dia, e que isso ocasionaria em uma melhora no que diz respeito a qualidade de vida, traria mais disposição para a prática de exercícios e caminhadas, e seria estímulo na produtividade.

Em contrapartida, há quem alegue que o horário de verão prejudica o relógio biológico. Que o rendimento e produtividade tanto no trabalho quanto no estudo são afetados, ou pelo excesso de sono ou pela insônia, causadas pelo conflito causado pela mudança de uma hora no horário habitual.

O especialista em sono pela Universidade de São Paulo (USP), Mário Pedrazzoli, afirma que pesquisas realizadas apontam que 50% da população se sente mal com o horário de verão. Dessas, 25% se ajusta em mais ou menos um mês ao horário. O restante não se ajusta durante todo o período em que ele vigora.

Os cientistas defendem que cada um de nós tem um relógio próprio, que é o que chamamos de relógio biológico, e que existem sim pessoas que são mais do dia e outros da noite, ou seja, rendem mais nesses turnos e que essas são questões genéticas comprovadas cientificamente.

Particularmente, odeio este horário e não acho, assim como muitas pessoas, que a economia seja tão significativa se comparado aos transtornos que a mudança desta uma hora causa na vida da população. 

Mas, de acordo com dados divulgados pela assessoria de imprensa da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), a quantidade de energia elétrica economizada no horário de verão, mesmo não aparentando ser significativa, seria capaz de abastecer uma cidade de grande porte durante quase uma semana.

Então, entre gritos de “ame e odeie”, o melhor é tentar se acostumar e focar nas economias trazidas pelo horário de verão, que são muito bem-vindas em tempos de crise econômica. 

E você, estudante? O que acha do horário de verão? Deixe o seu comentário!