De fato, (No)no ambiente familiar, cabe aos pais disciplinarem seus filhos, visando educá-los adequadamente. Porém, amar não é castigar. Assim como, por lei nacional, bater em crianças é proibido, aprisionar os jovens seria como “espancá-los”, submetendo-os à uma situação constrangedora. Nesse contexto, a redução da maioridade penal no Brasil é um erro grave, que não deve ser cometido.
Primeiramente, vale constatar a imaturidade juvenil. Conforme a legislação atual, menores de dezesseis anos não podem dirigir nem consumir bebidas alcóolicas. Isso porque ainda não estão aptos a responder judicialmente por seus atos. Além disso, somente aos dezoito anos os rapazes são militarmente capazes de enfrentar um conflito armado. A cadeia trata-se, sobretudo, de uma guerra psicológica que o “menor infrator” talvez não possa suportar. Torna-se ineficaz subordiná-los à tão grande responsabilidade criminal.
Sem dúvida, é perceptível o papel da “mocidade” no cenário nacional. Agentes de inúmeras mobilizações, como as manifestações de 1960 e o movimento que influenciou no processo impeachment de Fernando Collor, em 1990, com a juventude estão os poderes revolucionário e transformador. Logo, adotar medidas penitenciárias contra os “porta-vozes” da sociedade é, no mínimo, um equívoco. Subentende-se, assim, que o país que representa a oitava economia mundial não pode promover ações sociabilizáveis sufucientes(suficientes) para mudar o contexto de vida do adolescente.
Por último, é conveniente comentar o aumento no número de pessoas encarceradas. Isso facilitará, logicamente, a fuga dos presos, devido ao superlotamento das cadeias. É inviável colocar mais gente à mercê das péssimas condições do sistema penintenciário nacional, uma vez que, ao querer educar, acaba marginalizando ainda mais os detentos.
Dessa forma, nota-se que a redução da maioridade penal é desvantagem. O que se quer do jovem é o engajamento social, mas cabe ao governo oferecer-lhe oportunidades que o sensibilizem civilmente. Palestras adicionais para o envolvimento juvenil não deixam de ser uma boa alternativa. Ao invés de “enjaulamento”, tais atitudes só trarão benefícios.
Comentários do corretor
Sua análise acerca do tema é ampliadora. Seus paragráfos estão bem articulados e suas ideias são claras.Parabéns
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 2.0 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 2.0 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 2.0 |
NOTA FINAL: | 9.5 |
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