De acordo com o sociólogo Émilie Durkheim, a sociedade pode ser comparada a um "corpo biológico" por ser, assim como esse, composta por partes que interagem entre si. Desse modo, para que esse organismo seja igualitário e coeso é necessário que todos os direitos dos cidadãos sejam garantidos. Contudo, no Brasil, essa garantia de direitos está posta em xeque, devido à consolidação da nova Reforma Trabalhista. (Boa introdução)
Em primeiro lugar (Vírgula) é importante destacar a atual crise político-financeira que o país está imerso. Diante desse fato, a Reforma Trabalhista surgiu como um tópico notório de discussão, visto que seus defensores afirmam que tais mudanças são, de fato, necessárias para um acompanhamento mais coerente à política de corte de gastos na recuperação financeira nacional. Esse conjunto de mudanças foi sancionado pelo presidente Michel Temer (Vírgula) em 13 de julho de 2017, tendo como principal argumento o atraso e a oneração das antigas leis trabalhistas. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) são algumas das entidades que apoiam essa medida.
Convém lembrar ainda que essas mudanças no âmbito trabalhista põem em xeque os direitos sociais do proletariado. O aumento da jornada de trabalho e a redução das horas de descanso são expressivos exemplos da situação a qual a nova Diretriz Trabalhista impõe aos brasileiros em idade economicamente produtiva. Tal conjuntura laboral nem sempre é considerada serviço escravo, porém esse aumento de 12 horas diárias (Vírgula) o qual prescreve a nova Reforma (Vírgula) pode banalizar a ocorrência de trabalho escravo. Ainda, a Reforma Trabalhista foi alicerçada com a ausência de um real diálogo entre governo e sociedade (Desenvolva mais essa ideia no texto).
Em decorrência disso, cabe ao terceiro setor - composto por associações que buscam se organizar para conseguir melhorias para a sociedade - a tarefa de conscientizar e informar cada vez mais a população brasileira, através de mais palestras e grupos de discussão, sobre a atual Reforma Trabalhista e instigar uma análise crítica sobre os seus reais benefícios para os brasileiros e a sua condição de dignidade frente aos custos com educação de seus filhos, alimentação e lazer. Exercendo, portanto, sua cidadania e lutando para que o organismo igualitário e coeso idealizado por Durkheim funcione.
Comentários do corretor
O texto apresenta boa ideias, embora algumas se materializem de modo limitado. Continue exercitando a sua escrita.
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 150 | Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 150 | Nível 4 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 150 | Nível 4 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 150 | Nível 4 - Articula as partes do texto com poucas inadequações e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 150 | Nível 4 - Elabora bem proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 750 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |