Direito de revolução - Banco de redações

Em “Leviatã”, o pensador Thomas Hobbes, (Sem vírgula) defende que o Estado teve seu início no momento em que o homem viu a necessidade de haver uma instituição que se comprometesse em atender as demandas sociais de uma sociedade. Foi, então, na concessão de seus direitos ao Estado que as antigas sociedades fizeram a política nascer, mantendo consigo o direito de revolução, de se rebelar contra essa autoridade quando ela falhasse em legitimar a sua política.

A atual situação política brasileira, (Sem vírgula) é consequência da forma como a política foi tratada desde seus primórdios (Como ela fora tratada? Desenvolva essa ideia no texto) na história do país e do conflito de interesses da maior parte dos responsáveis por exercê-la – os políticos –, que objetivaram e objetivam interesses pessoais e não democráticos (Como assim?). Tem-se, portanto, a corrupção como produto. Esse tem sido o motivo principal da insatisfação da sociedade com relação a política, (Sem vírgula)  que adere aos movimentos sociais como forma de externalizar sua revolta e exercer seu direito de revolução.

No que tange a tais movimentos sociais, observa-se magnitude da sua importância quando se atenta para a grande proporção que esses movimentos podem adquirir, que está relacionada com a globalização, o que permite que o povo se faça ouvir. Uma manifestação que se inicia em um lugar, visando uma determinada reivindicação, ganha ramificações em lugares longínquos com pessoas que partilham do mesmo posicionamento. As atuais manifestações contra o presidente Michel Temer, (Sem vírgula) evidenciam um povo brasileiro insatisfeito com o que tem presenciado na política de seu país, se unindo, mesmo estando em lugares diferentes, ao som de uma única voz e clamando por uma política limpa e transparente.

Infere-se, portanto, que os movimentos sociais ante a crise política na qual o Brasil se encontra constituem ao povo voz. Não obstante, é necessário que a população faça a escolha correta de seus representantes políticos em eleições posteriores para que tal crise seja contida e para isso é preciso que o governo crie um sistema de transparência no histórico político e social do candidato e torne esse sistema acessível à  a sociedade. Ademais, o Poder Judiciário precisa elaborar leis com punições mais severas para casos de corrupção e que dificultam tal prática, como as propostas pelo procurador Deltan Dallagnol no ano passado. Só então poder-se-á cogitar uma política legitima.